A taxa Selic foi reduzida para 2% ao ano em nova medida anunciada pelo Banco Central (BC).
Trata-se de um corte de 0,25 p.p, e marca uma nova mínima histórica no país, além de manter a porta aberta para novos ajustes.
Em comunicado, o BC informou que o Copom (Comitê de Política Monetária) entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado.
Entretanto reconhece que devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno.
A iniciativa foi feita na noite desta quarta-feira (5).
Grau de estímulo
O BC disse ainda que eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva.
A agência Reuters promoveu pesquisa com 41 analistas do mercado financeiro, dos quais 35 projetaram que o BC promoveria a manutenção da Selic em 2,25%.
Nona redução consecutiva
O corte da Selic foi a nona redução consecutiva da taxa, dentro de ciclo de afrouxamento iniciado em agosto do ano passado, e veio após a autoridade monetária destacar em junho que um novo corte seria residual.
A próxima reunião do Copom acontece em 15 e 16 de setembro e, depois disso, o colegiado se reúne outras duas vezes neste ano, em outubro e em dezembro.
Indicadores
O BC atualizou seus cálculos para o IPCA no cenário híbrido —que considera a Selic extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante a R$ 5,20—, a 1,9% neste ano e 3,0% em 2021, abaixo dos níveis vistos em junho em 2% e 3,2% respectivamente.
Para 2022, a expectativa é de um IPCA de 3,4%.
A meta de inflação deste ano é de 4,0%. Para 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,5%, nos três casos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
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