O BV reportou lucro líquido de R$ 222 milhões no segundo trimestre de 2020, queda de 37% com igual período do ano anterior.
O principal peso no resultado foi o salto de 61% ano a ano da reserva para prejuízos esperados com calotes, o chamado custo do crédito, para R$ 871 milhões.
Para o trimestre anterior o BV já fizera uma provisão nesta linha de R$ 916 milhões.
Entretanto, a receita com tarifas teve um tombo de 23,7% no comparativo anual, para R$ 384 milhões, refletindo a queda de novos contratos de financiamento de veículos, na esteira das medidas de isolamento social.
O balanço do banco controlado pelo Grupo Votorantim foi divulgado na tarde desta sexta-feira (7).
Gabriel Ferreira
Presidente-executivo do BV, Gabriel Ferreira disse que as atividades no setor reagiram fortemente no final do trimestre e, em julho, já estavam no mesmo nível de um ano antes.
Com a taxa de juros nas mínimas históricas, a demanda por crédito para compra de carros seminovos deve se manter, prevê.
À Reuters, ele disse que embora ainda haja muita incerteza ligada às consequências econômicas da Covid-19, para nós está claro que o pior já ficou para trás.
De acordo com Ferreira, o BV percebeu que as operações originadas entre fevereiro e março refletiram mais fortemente os efeitos da pandemia, mas que de abril em diante os níveis de atrasos ficaram dentro da normalidade.
O banco concedeu carência nos pagamentos a cerca de um milhão de clientes, medida que também foi adotada por outras instituições financeiras do país.
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