O Tesouro Selic, que representa um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos no país, consiste em um título público federal que oferece uma rentabilidade atrelada à taxa básica de juros.
Em resumo, a plataforma do Tesouro Direto negocia os títulos do Tesouro Nacional, conhecido como o “cofre” do país. Quando um título de renda pública investe no Tesouro Selic, isso quer dizer que o investidor empresta dinheiro à União. Isto é, o financiamento acontece para o desenvolvimento do Brasil.
Sabendo de sua importância, Daniel Funabashi, assessor de investimentos na iHUB, listou os principais aspectos sobre o Tesouro Selic que o investidor deve saber.
Características em destaque
A propósito, o Tesouro Selic detém um prazo pré-definido e uma taxa de remuneração proporcional à taxa Selic, que atualmente se encontra em 7,75% ao ano. Nesse sentido, existem dois tipos de taxas, chamadas de Meta e Over.
A taxa Selic Meta caracteriza aquela anunciada em todos os lugares. Já a taxa Selic Over, representa a negociada no mercado, que é por volta de 0,10% abaixo da Selic Meta.
O Tesouro Selic detém um valor mínimo para aplicação, sendo essa uma de suas principais características. Atualmente, existem dois títulos negociados na plataforma do Tesouro Selic, um a R$109,62 (2027) e outro a R$110,79 (2024). Portanto, esta opção é acessível para qualquer pessoa.
Quando aplicar e resgatar?
A propósito, o Tesouro Selic representa o título mais seguro que existe no Brasil. Ou seja, qualquer investidor ou pessoa que anseia realizar os seus primeiros investimentos pode aplicar nele. Visto que, além da segurança, ele detém uma alta liquidez.
Em apenas um dia, o investidor consegue acessar e resgatar o dinheiro, e como estará na conta, pode ser uma ótima opção para guardar a reserva de emergência.
Como fica a tributação?
O Tesouro Selic é uma opção de investimento em renda fixa, logo, segue a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR). Deste modo, quando o investidor deposita o dinheiro e, em seguida, resgata em um dos períodos abaixo, pagará um percentual como taxa.
- Antes de 180 dias: pagará 22,5% do que render como imposto;
- Entre seis meses e um ano: pagará 20% do que render como imposto;
- Entre um e dois anos: pagará 17,50% do que render como imposto;
- Mais de dois anos: pagará 15% do que render como imposto.
Além do imposto de renda, nesta opção de investimentos tem a incidência de IOF em situações em que resgate ocorre antes dos 30 dias. Como a tabela do IOF é regressiva, cada dia que passa reduz o percentual de rendimento.
Por fim, existe a taxa que o Tesouro Direto cobra de quem investe altas quantias nos títulos. A mesma corresponde a um valor de 0,25% a.a, que é cobrada apenas para quem exceder R$10.000,00.
Boa opção de investimento
Sendo assim, Daniel Funabashi indica que a melhor alternativa é investir nesses títulos por pelo menos 30 dias para obter a rentabilidade do mês. Depois disso, o investidor verá o seu dinheiro aumentar gradualmente.
Além disso, essa é uma boa opção para substituir a poupança, que embora não tenha a cobrança de impostos, apresenta um rendimento de apenas 70% da taxa Selic.
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