A Oi (OIBR3) recebeu proposta da italiana Enel que pretende comprar a rede de fibra da operadora brasileira.
De acordo com a Exame, a Enel quer o controle da Infra Co, empresa de rede de transporte e passagem da qual a Oi será minoritária e cliente.
A Enel atua no Brasil com distribuição de energia em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Ceará.
A Oi recebeu proposta de dez interessados, entre os quais estão também a Highline, que concorre ainda pela Oi Móvel, além de fundos de infraestrutura geridos pelo BTG Pactual.
OIBR3: o investimento
O investimento na Infra Co. demanda um aporte mínimo de entrada de R$ 11,5 bilhões. Esse valor é dividido em R$ 6,5 bilhões por 51% das ações ordinárias da companhia de fibra.
Depois, mais uma capitalização de R$ 5 bilhões no negócio — sendo que R$ 2,4 bilhões serão usados para pagar dívidas da Oi com credores.
OIBR3: a única
A Enel é a única entre das interessadas pela Oi que pode ser considerada uma operadora desse negócio.
Há grande sinergia entre a estrutura de rede elétrica e de telecomunicações devido ao direito de passagem que as distribuidoras de energia já detêm sobre os postes.
Assim, fica muito mais simples fazer os acessos até as casas dos clientes. O grupo criou um braço internacional nesse ramo, a Enel X, cuja atuação na América Latina é feita por meio da Ufinet.
NNo Brasil, a operação começou pela compra da Netell, dona de redes em São Paulo e outras regiões, em julho do ano passado.
No fim de 2019, mesmo após o negócio, um representante da Ufinet afirmou que estudava a construção de uma rede em São Paulo, em evento realizado pela Anatel.
OIBR3: TIM vê aquisição somente em 2021
A companhia detentora da TIM diz acreditar que a finalização do negócio se dará somente no último trimestre de 2021.
Isso caso a proposta do consórcio seja a escolhida pela concorrente e aprovada pelos credores da recuperação judicial em assembleia geral que deverá acontecer neste mês.
O prognóstico foi realizado pelo CEO da Telecom Italia, Luigi Gubitosi, durante call com investidores realizada nesta quarta-feira (5).
Na ocasião, o executivo afirmou que a exclusividade ora concedida ao fundo de investimentos Highline não foi renovada após expirar na última segunda-feira (3), e que no momento, o trio de operadoras mantém conversas com a Oi.
“A Oi vai identificar o que eles chamam de stalking horse, ou o candidato favorito para a exclusividade, e levar aos credores, que votarão o plano em uma assembleia geral”, disse.
E disse mais: “a assembleia deve ocorrer no fim de agosto e, depois, haverá um longo processo judicial que deve levar um ano a partir de agora.”
A proposta das operadoras brasileiras pelos ativos móveis da Oi é de R$ 16,5 bilhões. Recentemente, o Cade deu sinalizações sobre implicações concorrenciais e a complexidade da potencial transação.
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