Conselho da Petrobras vende ações após Bolsonaro falar em diminuir preço

Um membro do conselho vendeu R$ 185 mil em ações após entrevista do presidente

Um dos membros do conselho de administração da Petrobras (PETR4) vendeu 6.400 ações preferenciais da empresa no dia 6 de dezembro, ao preço médio de R$ 28,995, mostra a posição consolidada da empresa. Com isso, o membro do conselho embolsou R$ 185.568 naquela data.

O conselho, inteiro, tinha 8.400 ações – então os 6.400 representam quase a totalidade das ações. A data chama a atenção pela coincidência: Jair Bolsonaro, presidente da República, havia afirmado um dia antes, em uma entrevista ao Poder360, que a companhia reduziria os valores de combustível.

Talvez prevendo uma queda, com medo dessa “ameaça”, ou sabendo que ela era verdade, o membro do conselho liquidou essa posição no dia seguinte, usando a Planner Corretora. No fim, a Petrobras acabou mandando um comunicado ao mercado negando tal queda nos preços, embora destacasse estar sempre atenta as movimentações de mercado e as ações terminaram em leve alta naquele dia.

Chama a atenção que o mesmo membro do conselho havia comprado as 6.400 ações preferenciais no dia 30 de novembro, pagando R$ 188.549 por elas – também usando a Planner Corretora. Com essa movimentação, esse membro perdeu cerca de R$ 3 mil. Não dá para saber se a intenção deste membro do conselho era ficar com as ações por uma semana, ou não.

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Outras vendas

Não foram as únicas vendas no período de dezembro entre os grupos que precisam sinalizar suas operações. Membros de órgãos técnicos ou consultivos ligados à Petrobras venderam 10.500 ações PN, PETR4, e 1.000 ações ON, PETR3, nos dias 2 e 3 de dezembro, totalizando R$ 312.500. Dia 3 de dezembro foi o pregão anterior à entrevista do presidente, o que, claro, pode ser só uma coincidência. 

O conselho de administração da Petrobras tem 11 membros: Eduardo Bacellar, Cynthia Silveira, Joaquim Silva e Luna (presidente da companhia), Marcelo Mesquita, Marcelo da Silva, Márcio Weber, Murilo de Souza, Rodrigo Pereira, Rosângela Torres, Ruy Schneider e Sônia Villalobos. Não há como saber, pelo comunicado enviado ao mercado, quem dos 11 membros foi o responsável pela venda de ativos.

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