Saiba como investir em ações com pouco dinheiro

Ö mercado de renda variável está cada vez mais atrativo

Em tempos de baixa taxa de juros, muitas pessoas se perguntam se é possível investir em ações sem contar com grandes recursos. A natureza desse mercado permite esse tipo de aplicação, uma vez que é possível tanto atuar no mercado padrão quanto no mercado fracionado ou mesmo investir indiretamente por meio de fundos de ações, fundos de índice e até certificados de depósito.

Essa diversidade de abordagens tem tornado o mercado de renda variável atrativo para quem tem pouco recurso mas está disposto a se submeter a mais riscos em troca de ganhos mais expressivos. Só no ano de 2020, a quantidade de pessoas físicas que se tornaram investidoras na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) subiu 92% em relação a 2019. No ano passado, a B3 alcançou a marca de 3,2 milhões de contas a partir de CPF.

Saiba como investir em ações com pouco dinheiro

Ações

Antes de começar a investir, a recomendação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é traçar o perfil de investidor, que tem relação com os riscos presentes no mercado de investimentos. A análise permite a compreensão dos riscos que cada investidor está disposto a correr, o que torna mais fácil a criação de medidas para explorar o mercado de acordo com o que tende a dar mais certo.

Com o perfil definido, a pessoa tem condição para pensar em objetivos de curto, médio e longo prazo e dessa forma considerar a variedade de ativos presentes no mercado conforme a recurso disponível para aplicação. A ideia é que assim esse investidor possa escolher ações que realmente sirvam como solução no tempo certo, considerando o pouco dinheiro aplicado.

Como funciona o mercado

De maneira geral, ações podem ser negociadas de formas diferentes, sendo a mais comum o mercado padrão. Neste caso, os ativos empresariais são oferecidos em lotes padrões com 100 papéis cada. Esse é um modelo que simplifica a vida de grandes investidores porque assim eles podem adquirir uma participação maior nas empresas sem precisar negociar por unidade.

A outra forma, mais indicada para o investidor com pouco dinheiro é o chamado mercado fracionado, em que a compra é significativamente mais acessível. Nessa abordagem, o investidor escolhe a quantidade de ações que deseja, entre 1 e 99 unidades e assim consegue aplicar na bolsa mesmo se quiser adquirir uma única unidade de determinada empresa.

Se a ação da Petrobras estiver saindo por R$ 28, por exemplo, o investidor pode adquirir essa participação mínima, se for do seu interesse, desde que aponte seu desejo de optar pelo mercado fracionado no Home Broker, espaço onde os ativos são negociados na Bolsa de Valores.

Outras opções para investir

O mercado de renda variável é atrativo para quem pretende investir em ações. Além da compra direta de participação nas empresas, existem alternativas para o investidor. Ele pode, além de comprar as ações, optar por fundos de ações, que funcionam como conjuntos de investidores que aplicam juntos, sob orientação e administração de um gestor profissional, capaz de buscar opções mais rentáveis para todos.

As cotas de um fundo tornam a aplicação individual mais diversificada e com menos custos. Vale lembrar que os ganhos são proporcionais aos valores aplicados.

Mercado de fundos

Outra solução de mercado são os fundos de índice, conhecidos como Exchange Traded Funds (ETF). Neste caso, o fundo segue uma gestão passiva, ou seja, há um índice que deve ser espelhado na composição da carteira do fundo. Por se tratar de uma aplicação feita em conjunto, o volume de dinheiro dedicado individualmente é mais baixo em relação a compra direta de ações.

Já os Brazilian Depositary Receipt (BDR) são fundos que permitem ao investidor adquirir cotas de ativos empresariais de companhias estrangeiras. Essa é uma solução interessante para quem pretende aportar dinheiro em grandes organizações, como Coca-Cola e Apple, que não operam na B3. Essa modalidade tamb[em permite aplicação com poucos recursos.

Como escolher os ativos

Para investir em ações, é importante saber identificar as empresas com potencial de crescimento no mercado. Isso pode ser feito de maneira mais criteriosa quando o investidor conta com conhecimentos específicos, como análises recomendadas pela CVM.

A análise fundamentalista, por exemplo, é uma forma de avaliar como a organização está sendo administrada e como ela lida com questões internas e externas, considerando o mercado como um todo e até a realidade econômica do país.

Entre outros recursos indicados está a análise técnica, atividade que se resume à observação dos gráficos que registram a oscilação dos ativos ao longo do tempo. Especialistas em análise gráfica são profissionais que conseguem visualizar o movimento das ações e tomar decisões em função de sua experiência com esse tipo de atividade.

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