A privatização da Eletrobras (ELET6), considerada por alguns especialistas como capitalização, teve sua aprovação a algum tempo. Desta forma, a mesma foi considerada uma grande vitória para o time econômico do atual governo.
Mesmo diferente do projeto inicial e depois de alterações no texto-base, as mudanças dentro da estatal começaram a todo vapor. Sendo assim, o principal destaque vai para a venda das ações da empresa.
Portanto, veja como vai ser o processo de distribuição das ações da Eletrobras e como a antiga estatal deve prosseguir depois da privatização:
Distribuição dos ativos
A princípio, segundo o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), empregados e aposentados da Eletrobras, assim como suas subsidiárias, terão prioridade na compra de até 10% das ações da antiga estatal.
Além disso, o CPPI também permitirá a utilização de até R$ 6 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por pessoas físicas na aquisição de ativos. Dessa forma, cada investidor individual pode obter um gasto de R$ 200 do FGTS para comprar uma participação na empresa.
Em decorrência disso, qualquer brasileiros pessoa física poderá comprar indiretamente papéis da Eletrobras através de fundos mútuos de privatização.
Etapas da privatização
A privatização seguirá em duas etapas principais. A primeira consiste em um processo de capitalização, que emitirá novas ações que serão vendidas no mercado primário. Isso ocorrerá até que a participação da União na empresa seja completamente diluída, chegando a menos de 45%.
De acordo com o CPPI, nessa primeira etapa, será injetado uma quantia de dinheiro dos investidores privados na companhia.
Por outro lado, a segunda parte consiste na venda de ativos no mercado secundário de ações, que acontecerá caso a diluição do Estado não aconteça de cara. No entanto, mesmo sem a maioria das ações, a União continuará sendo a principal acionista da Eletrobras.
Futuro da empresa
Vale lembrar que a privatização da estatal deu muito o que falar. Isso porque passou por uma aprovação rápida e com diversas alterações, além dos famosos jabutis, muito criticados pelo mercado de investimentos.
Mesmo assim, alguns especialistas avaliam que o melhor para a empresa foi ter feito a capitalização. De acordo com estes, o processo abrirá espaço para mais investimentos privados, assim como uma melhor forma de gestão.
Além disso, muito se especula que o melhor é que o Estado seja o menor possível. Tanto que, de acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, as privatizações ainda não acabaram. Dessa forma, o próximo na lista é os Correios.
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