O Banco Central (BC) anunciou, nesta terça-feira (27), a aprovação do “divórcio” entre o Itaú Unibanco e a XP Investimentos. Dessa forma, a decisão retira o banco totalmente da administração da corretora de valores.
A escolha tomada entre as empresas ocorreu devido à transferência das ações da XP, que eram do Itaú, para a XPart, a mais nova empresa do grupo bancário, mas que não pertence ao conglomerado. Além disso, a nova proprietária tem sede nos Estados Unidos.
A decisão não é uma surpresa
O acordo, que rompeu com o relacionamento entre a XP e o Itaú Unibanco, se deu após uma briga pública entre os fundadores das instituições financeiras.
A divisão já havia sido aprovada pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Portanto, para concluir a operação, faltava apenas o aval da autoridade monetária brasileira.
Depois da autorização do Banco Central, a XPart se tornará parte dos acionistas junto com a XP Investimentos. Isso dá a ela os mesmos direitos e obrigações atribuídos anteriormente ao Itaú Unibanco.
As ações da XP estão listadas na bolsa americana de empresas de tecnologia, o Índice Nasdaq. Por isso, a operação teve que se submeter à aprovação do Fed.
Declarações do Banco Central
No anúncio, o Banco Central afirmou que “não se verificaram riscos prudenciais ou concorrenciais para o Sistema Financeiro Nacional (SFN) nessa alteração organizacional”.
Dessa forma, o órgão enfatiza que permanecerá vigilante em relação aos efeitos concorrenciais de movimentações societárias que aconteceram nos mercados sob sua supervisão. Além disso, o BC informou que pode “adotar medidas de ajuste que se façam necessárias à preservação da concorrência”.
Vale lembrar que o Itaú comprou 49,9% da XP em 2017, por R$ 6,3 bilhões. Entretanto, sua participação foi para 46,05% após o IPO da XP no Índice Nasdaq. Por fim, em dezembro do ano passado, o banco acabou vendendo 5% da XP. Então, os outros 41,5% serão passados para a XPart.
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