O Bank of America (BofA) reafirmou, nesta semana, sua recomendação para a compra das ações da Raízen (RAIZ4), com preço-alvo de R$ 12 por ativo.
O banco elencou cinco principais razões para a recomendação, além de ressaltar que seus analistas enxergam uma possibilidade de valorização de 71% nos papéis da Raízen, apesar de alguns rumores a respeito do contrário.
Portanto, veja cinco principais motivos para comprar as ações da Raízen:
1 – Commodities
A princípio, os analistas ressaltam que os valores do açúcar e etanol aumentaram em 18% e 11%. Isso pode resultar em uma alta para questões fiscais da Raízen em 2023, principalmente no que diz respeito ao etanol.
“Para uma mudança de 10% em nossas premissas de preço de açúcar e etanol, nosso EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) muda em 8% (assumindo que não há hedge de açúcar). Assim, estimamos que a Raízen tenha 40% de seu volume total de açúcar ‘protegido’ para 2022/23″, afirmam os analistas do BofA.
2 – Contratos E2G
Em segundo lugar, de acordo com o banco, outra questão favorável é o projeto E2G da companhia.
Esse, por sua vez, anunciado em junho, prevê a construção de uma nova planta de 82 milhões de litros de E2G para iniciar a operação ainda em 2023, além de dois novos contratos para 460 milhões de litros em 9 anos, com preços que ficam acima de €750 por metro cúbico.
Além disso, a empresa informou sobre a venda de biometano para a Yara Fertilizantes pelo período de 5 anos, junto com uma joint venture com o Grupo Gera no setor de energia. Dessa forma, a companhia passa a atuar na geração, desenvolvimento e soluções para seus clientes.
3 – Resultados financeiros
O terceiro ponto é o balanço da empresa. Os analistas do BofA avaliam como bem promissor o seu desempenho operacional. Isso porque a previsão para o primeiro trimestre de 2022 destaca uma “melhoria contínua do desempenho”.
“Acreditamos que a Raízen ainda tenha muito espaço para melhorar os rendimentos, e a empresa está rumando na direção correta. Na distribuição de combustíveis, a Raizen teve um desempenho mais resiliente que seus pares no trimestre, dado o sólido relacionamento com revendedores, mix de clientes e combustível e estratégia de sourcing”, completam os especialistas.
4 – ‘Holding estratégica’
Em penúltimo lugar, o BofA afirma que a companhia é uma “holding estratégica de biocombustíveis”. Afinal, os renováveis são a maior divisão da Raízen. Eles são responsáveis por quase 40% do EBITDA da empresa, previsto para o primeiro trimestre de 2022.
“Nos próximos 10 anos, metade do crescimento do EBITDA da empresa deve vir dos biocombustíveis. Sendo assim, nossa equipe temática global selecionou a Raízen como uma das 26 empresas globais a se beneficiar da COP26”, dizem.
5 – Cotação atraente
Por último, mas não menos importante, a cotação atual da Raízen mostra para os analistas do BofA que há uma boa oportunidade.
Vale lembrar que a empresa entrou na Bolsa de Valores (B3) em agosto de 2021. Com o preço fechando em cerca de R$ 7 nos seus primeiros pregões, essa foi a maior estreia do ano.
De acordo com os analistas, mesmo em um cenário ruim, ainda há possibilidade de uma alta de 42% nos papéis da Raízen.
“Vemos várias oportunidades que impulsionam um crescimento anualizado de 10%, além de projetos de médio prazo que podem mais do que dobrar o EBITDA em uma década”, projeta o relatório.
Comentários estão fechados.