Bolsa: baixa taxa de juros reduz os retornos da curva do mercado de capitais, diz Persevera

O investidor em ações analisa ao ativos como partes de um negócio, e o acionista como o dono da empresa.

Uma baixa taxa [curta] de juros reduz os retornos demandados ao longo de toda a curva do mercado de capitais (Bolsa). A afirmação é da Persevera Asset Management, ao citar o mais recente memorando Coming into Focus.

Sócio fundador da Persevera, Guilherme Abbud reforçou a citação ao elencar que “como a taxa [de juros curta] pode ser obtida sem risco, e a maioria das pessoas prefere segurança a risco, os investidores não tomam risco sem serem compensados por isso.”

Bolsa de Valores

Parte de um negócio

De acordo com o executivo, o investidor em ações, como colocado por Benjamin Graham, analisa ao ativos como partes de um negócio, e o acionista como o dono da empresa.

“Dessa forma, em contraposição aos títulos de renda fixa, as ações permitem ao investidor participar do crescimento dos lucros do negócio, mas, naturalmente, se expondo a todos os riscos inerentes às atividades da empresa”, disse.

E acrescentou: “da mesma forma que os títulos de renda fixa, os investimentos em ações são avaliados por seus fluxos de caixa esperados, trazidos a valor presente por uma taxa de retorno requerida. Por isso, quedas de taxas de juros nos títulos de renda fixa também afetam de forma muito relevante os preços das ações.”

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Bolsa: FIC

De acordo com relatório da Persevera, em novembro o Persevera Compass FIC apresentou boa performance de +2,28%. “No próximo mês, faremos a atribuição de performance detalhada do ano e atualizaremos nosso cenário e perspectivas para 2021”, disse.

Para a Asset, segundo o relatório encaminhado ao mercado, a bolsa brasileira nunca esteve tão barata, ou seja, com uma taxa de retorno potencial tão atraente em relação às taxas de juros reais de curto prazo.

“Mais do que isso, como temos argumentado em nossas cartas, a redução de taxa de juros pela qual passamos é estrutural, consequência do ambiente desinflacionário que vivemos desde que foi abandonada a nova matriz macroeconômica”, frisou.

E disse mais: “é bem verdade que as taxas de juros de longo prazo não apresentaram a mesma queda, porém, achamos que elas ainda estão incorporando um prêmio excessivo quando considerada a brutal redução das taxas curtas, que será muito mais perene do que o percebido pelo mercado, como argumentamos em Nova conjuntura, velhos medos.”

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