BTG Pactual (BPAC11) divulga carteira recomendada de ações para dezembro

BTG Pactual (BPAC11) divulga carteira recomendada de ações para dezembro

O BTG Pactual divulgou sua carteira recomendada de ações para dezembro, com Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Magazine Luiza (MGLU3), e Gerdau (GGBR4) no portfólio.

Também integram a carteira a B3 (B3SA3), TIM (TIMP3), CCR (CCRO3), Suzano (SUZB3), Cyrela (CYRE3), Oi (OIBR3).

Destes dez ativos, somente Vale tem pesa 15% e Oi 5%, enquanto os demais pesam 10%.

Investimento em ações

Vale (VALE3)

Para a gestora, a história de transformação da Vale nos últimos anos tem sido notável, marcando o renascimento de um gigante da mineração. A tragédia de Brumadinho tem exercido forças de choque na gestão para mudar os rumos da empresa.

Consequentemente, a segurança e uma agenda ESG mais ampla se tornaram metas primordiais de longo prazo, à medida que a Vale busca restaurar a credibilidade junto à sociedade.

Ainda assim, o BTG se diz convencido de que a Vale permanecerá altamente “amigável aos acionistas” no futuro (esperamos um dividend yield de 12% em 2021).

Os fundamentos do minério de ferro (oferta e demanda) permanecem fortes, já que a demanda da China continua nos surpreendendo (Produção de aço chinesa crescendo ~ 6% no acumulado do ano!), o que levou os preços do minério de ferro acima de US$ 130/t.

Embora as ações da Vale estejam inegavelmente baratas sob qualquer métrica, a gestora diz acreditar que a redução do risco das ações será um processo gradual baseado em três pilares: retorno de caixa; uma forte recuperação dos volumes e redução dos custos futuros; e uma percepção ESG que melhora marginalmente (longo prazo).

“Vemos a ação sendo negociada a 3,7x EBITDA 2021 (diferença relevante para os pares), e a mantemos em nosso portfólio, pois ainda vemos potencial de valorização, mesmo punindo as ações por vários ângulos.

BTG Pactual (BPAC11) divulga carteira recomendada de ações para dezembro

Oi (OIBR3)

Para o BTG Pactual, o plano revisado da empresa, aprovado em 8 de setembro, tornou o caso de investimento da Oi muito menos arriscado, já que a empresa agora está autorizada a vender ativos que podem levantar R$ 24 bilhões em caixa, que seria usado para pagar algumas dívidas e fornecer o capital necessário para investir em sua estratégia focada em fibra.

O leilão da Oi Móvel está marcado para o dia 14 de dezembro. Outro ativo que vai ser vendido é a InfraCo (empresa de fibra da Oi), e dada o valuation pago pela Copel Telecom (14,6x EV / EBITDA) e as perspectivas de crescimento superior da Oi InfraCo, não nos surpreenderíamos em ver ofertas pela InfraCo que oscilam em torno de 15x EV/EBITDA, isso se compara à nossa estimativa atual de 12x EV/EBITDA e ao preço mínimo de 10x pedido pela Oi.

O Senado brasileiro também votou e aprovou uma nova legislação de proteção à falência (PL 4458/20 no Senado, ex-PL6229 na Câmara dos Deputados) que é extremamente positiva para a empresa.

“Se aplicarmos os ‘novos’ termos à dívida da Oi com a Anatel, o valor de face imediatamente cai de R$ 13,8 bilhões para R$ 4,2 bilhões (70% do total). Usando uma taxa de desconto de 10% e uma SELIC de 5%, o valor presente líquido (VPL) da dívida é de R$ 3,5 bilhões (R$ 1,7 bilhão se considerarmos que a Oi usará seus depósitos judiciais), uma redução considerável equivalente a um adicional de R$ 0,40 por ação”, destacou.

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