A Justiça de São Paulo impediu a realização da oferta pública inicial de ações (IPO) da Surf Telecom, até que um conflito entre os acionistas da empresa seja resolvido por meio de arbitragem.
Segundo o Valor, a decisão, da 1ª Vara Empresarial de Conflitos de Arbitragem, é do juiz Eduardo Palma Pellegrinelli.
O pedido da liminar partiu da Plintron Holdings, multinacional com base em Cingapura, que oferece soluções de comunicação na nuvem, contra a Maresias Participações e a Surf Telecom.
Participação
A Plintron tem 40% das ações preferenciais da Surf enquanto a Maresias é dona do restante da empresa.
O juiz determinou que a empresa “se abstenha de realizar quaisquer atos preparatórios à abertura do capital e à oferta pública de suas ações”.
Também definiu que as partes envolvidas no processo não devem fazer transações envolvendo as ações da empresa. A decisão é em primeira instância e ainda cabe recurso.
O IPO
O IPO da Surf Telecom ainda estava em fase de tratativas. A empresa foi fundada por Yon Moreira, ex-vice presidente da antiga Brasil Telecom, e atua como uma operadora “mobile virtual network operation” (MVNO), modelo que usa a rede física de grandes provedores para oferta de serviços de voz e dados, e uma fintech.
Para adquirir sua participação na Surf Telecom, a Plintron Holdings pagou US$ 4 milhões em dinheiro. E, além disso, fez um contrato avaliado em US$ 14,7 milhões para investir em “tecnologia e know-how”.
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