A Via Varejo, controladora da Casas Bahia e Ponto Frio, listada sob o ticker VVAR3, reportou lucro líquido de R$ 336 milhões ante prejuízo de R$ 875 milhões em igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, a companhia foi alavancada pela força do comércio eletrônico, bem como pela reabertura de suas lojas físicas que ajudaram a acelerar os ganhos de produtividade.
Ainda de acordo com o relatório, a receita líquida cresceu 24,4% ano a ano, para R$ 9,47 bilhões, com a fatia das vendas digitais subindo de 24% para 38%, além do crescimento nas vendas mesmas lojas de 6,1%, com aumento total de vendas de 5,6%.
Assim, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado passou de um resultado negativo de 35 milhões de reais para um positivo de 545 milhões de reais, com a margem ajustada evoluindo de -0,5% para 5,8%.
O grupo fechou 2020 com uma rede de 1.052 lojas, 19 a menos do que um ano antes.
Para este ano, o plano da Via Varejo, que vem fazendo a integração das estruturas física e virtual para permitir por exemplo que clientes retirem nas lojas produtos comprados pela internet, é abrir pelo menos 120 lojas físicas, com ênfase em cidades do Norte e Nordeste do país.
Via Varejo: ambiente competitivo
A XP Investimentos diz acreditar que um cenário competitivo mais desafiador pode criar dificuldades para a companhia, apesar de ver grande potencial de alta para as ações.
Ocorre que os analistas consideram que fique mais difícil para a holding entregar seu turnaround em meio a um ambiente de competição mais acirrado.
“Embora vejamos muito potencial de crescimento, tanto no canal físico quanto no digital, acreditamos que a empresa pode decepcionar as expectativas dos investidores devido a obstáculos de curto prazo, principalmente relacionados a um ambiente competitivo mais desafiador”, comentou a equipe de análise de Varejo da corretora.
Na avaliação da XP, a Via Varejo ainda tem muito a crescer no meio digital, mas os fortes investimentos dos principais competidores do setor devem criar desafios à varejista em 2021.
Nomes como B2W (BTOW3) e Amazon estão oferecendo condições mais atrativas para vendedores e uma variedade maior no portfólio de serviços, levando a uma pressão na rentabilidade ou perdas de participação de mercado.
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