O Fundo Garantidor de Créditos, mais conhecido como FGC, diferente do que muitos pensam, não é um órgão governamental, e sim uma entidade privada sem fins lucrativos. Para se manter, o Fundo Garantidor de Créditos recebe contribuições mensais de 0,0125% das instituições financeiras.
FGC
O FGC visa proteger os investidores e correntistas de bancos e corretoras de valores, além de contribuir com a manutenção e prevenção de possíveis crises bancárias. O Fundo Garantidor de Créditos é mais conhecido pela sua segurança aos clientes de instituições financeiras, por conta de ser o principal meio de reembolsar e proteger os clientes e investidores caso uma instituição financeira quebre.
Para entender melhor o papel do FGC e como ele atua caso algo aconteça com uma empresa financeira, o Canal 1Bilhão Educação Financeira entrevistou o Advogado e Especialista em FGC da Mossi Advocacia, Marcelo Mossi.
Nubank, Banco Inter, Mercado Pago, PagBank, Banco Neon
Durante o bate-papo entre o Especialista e o Financista Fabrizio Gueratto do Canal 1Bilhão Educação Financeira, foi debatido o que acontece se os bancos digitais quebrarem, como por exemplo Nubank, Banco Inter, Mercado Pago, PagBank, Neon, entre muitas outras contas digitais e de pagamentos.
O Advogado e o Especialista em Fundo Garantidor de Créditos, conta quais são os passos do FGC e Banco Central (Bacen) quando começam os sinais de falência ou quebra de um banco digital, além dos passos e instruções que o correntista, ou seja, cliente, deve seguir para que seja possível reaver o dinheiro que estava alocado em determinada instituição financeira
Bancos Digitais
O Financista comenta que quando se trata dos bancos digitais, o Brasil já está muito na frente. “Diferente dos EUA, por exemplo, que ainda é muito tradicional quando se fala de instituições financeiras, o Brasil já sai na frente por conta dos bancos digitais, que não contém agência, que existe uma facilidade muito maior para abrir a conta, entre muitos outros pontos que acabam facilitando a vida do cliente”, ressalta O Financista Fabrizio Gueratto.
Para começar, o Financista questiona Mossi sobre ter muita gente inserida nas contas digitais, como por exemplo mais de 10 milhões somente no Nubank, quase 4 milhões no Banco Inter e assim por diante, e isso traz muita gente que estava fora dos bancos para dentro do mercado financeiro, gerando um certo receio dessas pessoas, para saber onde recorrer caso existe um problema.
“O mais importante é deixar claro que os clientes estão protegidos, ou seja, as instituições financeiras estão equiparadas. Ou seja, para atuarem, o Banco Central (BC) fica sim de olho nelas”, diz Marcelo Mossi, Advogado e Especialista da Mossi Advocacia.
Banco Inter, Banco Original, Banco Itaú, Banco Bradesco
Mossi explica que as mesmas medidas que seriam inseridas em bancos tradicionais e múltiplos, como por exemplo Itaú e Bradesco. “Independentemente de qual banco quebrar os processos serão os mesmos, seja Banco Inter ou Itaú, Banco Original ou Bradesco”, diz. Já as contas de pagamentos, como Nubank, por exemplo, não são cobertos pelo FGC.
Quando devo me preocupar com o FGC?
“Mas se o dinheiro estiver aplicado em títulos públicos como acontece na NuConta, o Banco Central também fica de olho, tendo uma segurança, mesmo que não seja garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos”, explica Marcelo. Os processos acabam sendo muito parecidos para bancos múltiplos, bancos digitais, mas existe diferenças entre as contas de pagamentos.
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