A empresa de meios de pagamento Stone anunciou nesta terça-feira (11) acordo vinculante para unir sua área de software com a Linx.
Segundo a Reuters, a transação foi em dinheiro e ações e, assim, avalia a produtora de programas para varejo em R$ 6,4 bilhões.
O anúncio encerra meses de rumores envolvendo as duas empresas e ocorre em meio a uma revolução em andamento no mercado brasileiro de pagamentos liderado pelo Banco Central e impulsionado pelos impactos da pandemia de coronavírus.
O acordo
O acordo será implementado por meio de uma fusão de ações no Brasil, com cada ação da Linx sendo trocada por uma nova ação PN classe A e B da Stone.
Após outras etapas, o valor base da operação será de R$ 33,7625 por ação da Linx, considerando o preço da ação da Stone com base em 7 de agosto.
Até o fim de junho, segundo dados da B3, a Linx tinha 189.408.960 ações.
Segundo a Stone, o valor base representa ágio de 41,6% sobre o preço médio das ações da Linux nos 60 dias anteriores a 7 de agosto e de 28,3% considerando os 30 dias prévios a esta data.
O estatuto
O estatuto da Linx, de abril, define que a venda do controle da companhia tem que ocorrer mediante uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) e que o preço de cada ação não poderá ser menor que 90% “do maior valor de cotação unitária das ações na B3 e na Nyse no período de 24 meses anteriores à realização da OPA”.
As ações da Linx fecharam em alta de 31,5% nesta terça-feira, a R$ 34,40, maior cotação desde fevereiro e maior ganho percentual diário da história do papel.
Em Nova York, onde são negociados, os papéis da StoneCo avançaram 11%, a 52,39 dólares, cotação recorde de fechamento.
Multas
Se a transação não for concluída, a Stone deverá pagar à Linx multa de R$ 605 milhões, “caso a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a operação não seja obtida”, segundo fato relevante da Linx.
Mas se a Linx realizar uma operação concorrente caso um terceiro que apresente uma oferta melhor, terá de pagar à Stone multa equivalente.
Caso a assembleia da Linx não aprove o negócio, a empresa terá que pagar 25% da multa para a Stone.
Resultados
A Stone divulgou o balanço do segundo trimestre, mostrando queda de 28% no lucro líquido ante mesmo período de 2019, a R$ 123,6 milhões.
O recuo ocorreu apesar do aumento de cerca de 14% na receita, de R$ 667,4 milhões.
A base de clientes ativos da Stone somou 519,4 mil no fim de junho, aumento de 48,6% na comparação anual, mas no trimestre houve redução de 11,9 mil.
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