Julho consolida o reaquecimento das vendas e locações na capital paulista

Após três meses de resultados acumulados negativos, o mês de julho promoveu uma virada nas vendas e locações em São Paulo (Capital).

O percentual acumulado nesses sete meses atingiu 31,87%, após o volume de vendas de casas e apartamentos residenciais usados subir 45,86% na comparação entre julho e junho.

As locações também comemoraram o aquecimento dos negócios, com um número de contratos firmados em julho 17,35% maior que os de junho e acumulando um percentual positivo de 21,69% de janeiro a julho.

Os resultados fazem parte da Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), realizada com 269 imobiliárias da Capital para apurar os números relativos ao mês de julho na comparação com junho.

 “O fechamento do 1º semestre e início do 2º semestre indicam que o segmento imobiliário conseguiu se manter firme e atravessar o pior momento da pandemia com poucas sequelas”, afirmou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.

Viana analisa, ainda, que no cenário atual – com bancos oferecendo prazos maiores e juros menores – a tendência seja a de um crescimento ainda maior até o final de 2020, e uma retomada em 2021, que contribuirá para a recuperação dos postos de trabalho e da economia.

“Nosso setor é um dos mais importantes e que dá suporte, fazendo girar a roda financeira e de desenvolvimento do País.”

Julho consolida o reaquecimento das vendas e locações na capital paulista

Vendas à vista

As vendas à vista superaram o número de contratos de financiamentos assinados em julho, respondendo por 51,81% das transações efetivadas.

O crédito imobiliário concedido pelos bancos públicos (CAIXA) e privados totalizou 46,98% das vendas. Dessa vez, não foram registradas transações financiadas pelos proprietários e os consórcios ficaram com um percentual de 1,2%.

A variação dos descontos concedidos também atingiu índices expressivos. Na Zona C, de bairros como Cambuci e Tatuapé, em junho, os descontos atingiram 7,67% e em julho, aumentaram para 13,25%, uma diferença de 72,75%.

Na Zona D, que inclui o Jardim Mirim e o Bairro do Limão, por exemplo, eles variaram positivamente em 20,15%, passando de 6,75% para 8,11%.

A maioria das casas e apartamentos foi vendida na Zona B da cidade, que inclui bairros como Aclimação e Vila Mariana, totalizando 39,72% dos negócios.

A faixa de venda da maioria dos imóveis (51,81%) ficou em até R$ 500 mil.

Locações: descontos menores

As casas foram as preferidas dos inquilinos com 51,9% do mercado e os apartamentos ficaram com 48,1% dos contratos.

O depósito em poupança de 3 meses de aluguel liderou novamente as garantias locatícias com um percentual de 45,48%.

O fiador esteve presente em 27,55% dos contratos e o seguro fiança com 18,66%.

Na sequência vieram a caução de imóveis com 4,37%, a cessão fiduciária com 2,04% e os aluguéis sem garantia com 1,90%.

Os descontos nos valores de locação ficaram menores em julho na comparação com junho, variando de (- 2,98%) a (-15,44%).

Somente houve um percentual maior de descontos para os aluguéis da Zona D, que estavam em 9,61%, e passaram a 14,18% de junho para julho, um percentual 47,55% maior.

O volume de chaves devolvidas nesse período foi 159,04% maior que o total de imóveis alugados no período. Este índice foi 9,78% menor que o apurado em junho.

Mais de 61% das devoluções foram por motivos financeiros.

A inadimplência também ficou menor entre julho e junho, caindo 9,88%. A maioria dos imóveis alugados (55,69%) custou, em média até R$ 1.200 mensais.

A Pesquisa

A pesquisa mensal sobre valores de imóveis usados na cidade de São Paulo é feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) – 2ª Região.

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