A empresa de análise de dados em blockchain Chainalysis, publicou um recente relatório com as movimentações geográficas de criptomoedas através dos mercados da darknet. No total, R$9,11 bilhões foram movimentados apenas no ano de 2020, com a Venezuela movimentando mais de R$294 milhões.
Por conta do cenário de hiperinflação instaurado na Venezuela nos últimos anos, o país se tornou um ambiente fértil para a movimentação de criptomoedas, vista imensa dificuldade de se realizar trocas com um dinheiro que se deprecia diariamente.
Como já foi relatado anteriormente no Cointimes, a Venezuela ocupa a terceira posição no ranking de adoção das criptomoedas, perdendo apenas para Ucrânia e Rússia, respectivamente.
E essa tendencia do país latino-americano se refletiu também na movimentação dos mercados negros, com o país ocupando 6º posição do ranking dos países que mais movimentaram criptomoedas nos marketplaces da darkweb.
Em sequência, Rússia, Estados Unidos, Ucrânia, China, Reino Unido, Venezuela, Vietnã, Peru, Índia e Alemanha aparecem no top 10 do ranking.
Vale ressaltar que a Venezuela é o décimo país com a menor população, tendo apenas 28 milhões de habitantes. O que destaca a predominância do país nas movimentações ilegais.
Quais os motivos?
Pode-se atribuir o desempenho do país no ranking ao alto grau de adoção das criptomoedas na Venezuela em comparação ao restante do mundo. Outro fator importante pode ser a proximidade do país com as tradicionais rotas do tráfico internacional que utilizam a floresta amazônica para a produção de substâncias ilícitas.
Porém, é muito importante ressaltar que menos de 1% das transações que ocorrem na rede Bitcoin são provenientes de atividades ilícitas, número que vem caindo ano após ano.
De acordo com um documento da ChainAlysis, apenas 0,34% do volume negociado em bitcoin possui alguma relaçõa com atividade ilícita.
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