MERCADO DEMONSTRA OTIMISMO COM DESENROLAR DA REFORMA PREVIDENCIÁRIA

Bolsa de Valores já subiu mais de 2% e moeda americana chegou a R$ 4,03, após bater R$ 4,12

Bolsa de Valores já subiu mais de 2% e moeda americana chegou a R$ 4,03, após bater R$ 4,12

Nos últimos dias o mercado financeiro estava cauteloso e com suas atenções voltadas para a guerra comercial entre EUA X China, e a Reforma da Previdência que seguia sem novidades no Brasil. A Bolsa de Valores chegou a fechar abaixo dos 90 mil pontos, atingindo sua mínima do ano, logo após bater sua marca história de 100 mil pontos. Já a moeda americana passou dos R$ 4,10, chegando a R$ 4,12, e o dólar turismo se encontrou em um valor ainda mais elevado, sendo vendido próximo de R$ 4,30. Para os especialistas, o otimismo voltou a acalmar o mercado, fazendo com que a Bolsa e o dólar começassem a se recuperar, chegando próximo aos 95 mil pontos e R$ 4,03, respectivamente.

Bolsa de valores

“Após uma grande janela e uma ponta de otimismo com a Reforma da Previdência a Bolsa vem reajustando seu índice, se recuperando e chegando próximo de seu cenário de alguns meses atrás”, diz a Sócia-Diretora da FB Wealth, Daniela Casabona. A Bolsa de Valores acumulou uma perda de 4,52%, somente na semana passada. Para Casabona, esse momento positivo no país com a reforma previdenciária, faz com que as atenções não fiquem 100% voltadas para a guerra comercial, que está afetando quase 75% das empresas chinesas e americanas.

Já para o Economista-Chefe da PCA Capital, Pedro Coelho Afonso, a sinalização que poderá sair a Reforma da Previdência movimentou o otimismo do mercado financeiro. “Sendo esse, o ponto focal das medidas econômicas do governo, a tendência é que os investidores apostem em uma recuperação dos mercados e optem pelos investimentos de maior risco e retorno, como a Bolsa de Valores”, explica o Economista-Chefe.

“O que pode ser destacado hoje é o ajuste do câmbio após 2 dias de queda, o dólar tem operado em alta alinhado com as demais moedas, em meio uma piora no cenário da guerra comercial, entre os EUA e China, com o mercado sem conseguir enxergar um horizonte próximo para os países chegarem a um acordo, para acabar com os conflitos tarifários, que podem desacelerar a economia global. Ainda sobre o cenário externo, foi divulgado uma ata do Banco Central Europeu na qual foi destacado os pontos negativos da saída do Reino Unido da União Europeia, o mercado também tem monitorado esses acontecimentos. No cenário doméstico, estamos tendo um avanço, com a ausência de noticias ruins, mesmo com o mercado continuando com reticencias sobre a falta de articulação do governo com as medidas que ainda faltam ser aprovadas. Hoje, a Câmara deve concluir a medida provisória da Reforma Administrativa. Ontem também passou pela CCJ a Reforma Tributária, e a Reforma da Previdência segue como o item mais importante que tem despertado a tensão do mercado”, ressalta Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital.

“O mercado brasileiro não se descolou do exterior. O Ibovespa futuro está em queda de mil pontos e o dólar subiu para R$ 4,070. Os juros para jan/2027 estão em 9% novamente, liquidando parte da queda da semana. O cenário político continua apresentando desafios importante. Se de um lado, o Congresso mostra disposição para aprovar as pautas apresentadas pelo governo, dando esperanças para a reforma da previdência, por outro, aumentam os receios de colisão entre o governo e o Congresso. As manifestações do final de semana são cruciais para a avaliação do cenário prospectivo e é provável que o mercado queira se manter em uma posição mais suave do ponto de vista dos riscos”, finaliza o Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira.

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