O Banco Central (BC) quer tornar permanente uma de suas medidas de combate à crise provocada pela pandemia do ano passado, a que oferece liquidez aos bancos em troca de crédito do setor privado como garantia, em vez de dívida pública, como era o caso antes.
Em evento online organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como parte das Reuniões de Primavera do FMI e Banco Mundial, e gravado em 1º de abril, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, também disse que as altas de juros iniciais significam que as taxas não precisarão ser elevadas tanto.
BC: orçamento
Duas coisas tiram hoje o sono do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: a vacinação no Brasil, que vai ditar o ritmo de abertura da economia, e o risco de descontrole das contas públicas. Os dois fatores estão no radar do BC para a definição dos próximos passos da taxa Selic, os juros básicos do Brasil, que depois de cair para o patamar histórico de 2% ao ano subiram para 2,75% para conter o avanço da inflação.
Agora é o Orçamento que pode aumentar o risco fiscal e atrapalhar a condução da política de juros. A lei orçamentária foi aprovada pelo Congresso com despesas subestimadas e pode se tornar inexequível.
Negociações estão em andamento entre governo e Congresso para a saída do impasse. “Se o Orçamento passar a percepção de que ele é inexequível, é um fator que vai preocupar o BC”, diz.
O banco
Um banco central, banco de reservas ou autoridade monetária é uma entidade independente ou ligada ao Estado cuja função é gerir a política econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada país e do sistema financeiro como um todo.
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