A Usiminas (USIM5) anunciou nesta quinta-feira (5) que a produção de aços laminados de sua unidade de siderurgia em outubro foi de 370,5 mil toneladas, o maior volume desde março, 3,3% acima da média do primeiro trimestre e 9,4% superior à média de 2019.
Já o volume de vendas da unidade siderúrgica foi de 366,3 mil toneladas, também o maior volume desde março e 4,9% acima da média do primeiro trimestre e 7,1% superior à média de 2019.
O volume de vendas para o mercado interno foi de 354,4 mil toneladas, 97% do total, 17,8% acima da média do primeiro trimestre e 15,6% superior à média de 2019.
USIM5: ações
As ações das siderúrgicas se destacaram entre as maiores altas do Ibovespa no fechamento do pregão desta terça-feira (3), impulsionadas pelo reajuste do preço do aço a partir de hoje.
Os papéis da CSN subiram 9,01%, enquanto as ações preferenciais da Gerdau tiveram alta de 6,28%, da Metalúrgica Gerdau avançaram 6,12% e da Usiminas subiram 6,24%.
Conforme apurou o Valor, os aumentos devem girar em torno de 4,5% a 10% e será o terceiro mês consecutivo de reajuste nos preços. A Usiminas e CSN implementaram os reajustes a partir de hoje.
Rating
A agência de classificação de risco de crédito Moody’s elevou ontem uma perspectiva do rating global Ba3 atribuído à Usiminas, de negativa para estável.
Em, a Moody’s explicou que a mudança reflete suas expectativas de que o impacto da pandemia da Covid-19 sobre as operações da companhia será muito menor do que o esperado, relativo a pressão nas métricas de crédito e liquidez da empresa.
A alavancagem bruta da Usiminas atingiu um pico de 4,6 vezes nos 12 meses encerrados em junho devido à queda de 43% sem volume de vendas de aço no segundo trimestre, mas o Ebitda consolidado da empresa no terceiro trimestre aumentou, puxado em especial pela recuperação de 54% nas vendas de aço e um forte desempenho de minério de ferro, a alavancagem para 3,8 vezes.
“Esperamos que o índice diminua ainda mais e permaneça em torno de 3 vezes até 2021, com base em uma combinação de níveis de dívida e Ebitda normalizado”, afirmou a Moody’s.
A agência afirmou ainda que, mesmo considerando a volatilidade na recuperação, só o negócio de minério de ferro da Usiminas deve gerar cerca de R $ 1,5 bilhão em Ebitda anual em 2020 e 2021, suficiente para cobrir a caixa como investimento e para pagar juros.
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