A oferta pública secundária de ações da Suzano (SUZB3), referente à fatia detida pelo BNDESPar na companhia de papel e celulose, movimentou R$ 6,91 bilhões, segundo dados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira (2).
Foram vendidas 150.217.425 ações, a R$ 46 cada, segundo os dados publicados. O montante equivale a 11% do capital da Suzano, que pertenciam ao braço de participações do BNDES.
Os coordenadores da oferta são JPMorgan, Bank of America, Bradesco BBI, Itaú BBA e XP Investimentos.
Às 13:23, a ação da Suzano tinha alta de 1,8%, a 47,41 reais. No mesmo instante, o Ibovespa mostrava recuo de 0,59%.
Credit Suisse
Depois de sofrer no começo do ano com a queda nos preços da celulose, a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo deve aproveitar uma recuperação das cotações, prevista para começar no quarto trimestre.
Quem diz isso são os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, do banco Credit Suisse. Levando também em consideração o desempenho no segundo trimestre e a redução de 4% dos custos da produção da tonelada de celulose, eles decidiram elevar o preço-alvo das ações da Suzano de R$ 54,50 para R$ 65.
Os analistas dizem ainda que as ações da Suzano são sua principal escolha entre as empresas de papel e celulose cobertas pelo banco, reiterando a recomendação de compra.
Analistas
Para os analistas do Credit Suisse, a recuperação dos preços da celulose, em especial na China, ocorrerá por conta da alta concentração de paradas de manutenção das fábricas de papel vista no segundo semestre, a melhora da demanda e dos preços para papel de escrita, a sazonalidade do quarto trimestre, marcado pelo início do novo ano letivo no hemisfério norte e a diferença de preços entre a fibra curta e longa, que deve se acentuar e incentivar a substituição de uma pela outra, o que seria benéfico para a companhia brasileira.
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