Real digital: entenda a moeda virtual que o governo pretende criar

O Banco Central pretende criar o 'real digital' até 2023

O Banco Central (BC) está caminhando para a criação do real digital. Segundo a instituição, a moeda virtual não será como o Bitcoin ou qualquer outra moeda criptografada. Sendo assim, o lançamento do dinheiro digital está previsto para até 2023.

O propósito da criação é que o Banco Central não tenha que imprimir mais as cédulas do real. Por exemplo, quando uma pessoa deposita R$ 100, o banco destinatário guarda R$ 20 por precaução. Enquanto isso, os R$ 80 restantes são usados para empréstimos e outros fins.

Dessa forma, caso todos os usuários da instituição financeira queiram sacar seu dinheiro em cédulas físicas, isso geraria um grande problema, Afinal, não há cédulas suficientes para todos no banco. Além disso, a impressão de mais geraria um aumento na inflação do país.

Como vai funcionar?

O plano do Banco Central consiste em gerar um código, que será equivalente a uma certa quantidade de dinheiro (requerida por uma pessoa ou instituição). Dessa forma, os bancos irão receber o valor transferido e serão responsáveis por distribuí-lo como de costume.

A grande questão do e-Real será deixar o dinheiro sob a custódia. No exemplo usado anteriormente, as instituições guardavam apenas uma porcentagem do dinheiro depositado. Entretanto, todo valor em real digital seria guardado em um cofre digital.

Em suma, essa quantia não poderá servir de crédito e ficará sob título do Banco Central à disposição do dono para resgate ou pagamentos de contas.

Real digital: Entenda sobre a moeda digital que BC pretende criar

Prós e Contras

A grande mudança será principalmente para as instituições financeiras. Isso porque, com o real digital guardado, o banco fica impossibilitado de emprestá-lo para créditos e financiamentos.

A grande questão que o banco central enfrenta é descobrir o que será dos programas de financiamentos e empréstimos, uma vez que não haverá dinheiro suficiente para efetuar essas transações, nem impressão de novas cédulas.

Entretanto, para o consumidor, os dois tipos de dinheiro, tanto o digital quanto o analógico, serão um o espelho do outro. Transações como, por exemplo, transferências por Pix, continuarão da mesma forma. Assim, caso a pessoa queira o dinheiro físico, ela poderá sacar em um caixa eletrônico.

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