Pix pode ‘bancarizar’ 30 milhões de pessoas, diz jornal

Pix pode ‘bancarizar’ 30 milhões de pessoas, diz jornal

Desenhado como meio de pagamentos instantâneos, o Pix terá um impacto muito mais profundo no mercado financeiro do que a mera possibilidade de fazer transações em tempo real.

Segundo o Valor Econômico, o sistema derruba barreiras de entrada, viabiliza novos modelos de negócios e embaralha empresas financeiras e de qualquer outro setor na disputa pelas transações dos clientes. O resultado será a bancarização de até 30 milhões de pessoas – o equivalente a dois terços do número de brasileiros “sem conta” estimado antes da pandemia.

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Inclusão

Essa inclusão não virá pelas mãos das instituições financeiras. Empresas de energia, varejistas, operadoras de telefonia, redes de postos de combustível e até administradoras de condomínio – que já lidam com milhões de clientes – estão se preparando para operar no Pix, e boa parte deverá optar por oferecer uma conta a eles, embutindo o pagamento na “jornada” de prestação de serviços. Os objetivos são reduzir custos, mas principalmente melhorar a relação com o consumidor.

 “As empresas vão poder se aproximar mais desses clientes e ter acesso a informações preciosas sobre eles”, afirma João Bragança, diretor sênior da Roland Berger para a indústria financeira. “E esses clientes vão perceber valor em ter uma conta.”

Cadastro

O Pix será lançado no dia 16 de novembro, mas a partir de segunda-feira pessoas físicas e empresas poderão se cadastrar no sistema.

Antes da pandemia, havia 45 milhões de desbancarizados no país. Com o pagamento do auxílio emergencial pelo Caixa Tem, cerca de 24 milhões passaram a ter conta.

A expectativa do consultor é que parte dessa população migre com o tempo para soluções de outros provedores e que outra parcela passe a ter alguma conta digital, o que levará a uma inclusão de 25 milhões a 30 milhões no mercado.

“A inclusão financeira é um objetivo muito claro do Pix. A eletronização dos pagamentos é um estágio inicial disso”, afirma Carlos Eduardo Brandt, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central (BC).

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