O grupo de telecomunicações Oi (OIBR3, OIBR4) anunciou o lançamento do plano de demissão voluntária (PDV) com objetivo de conseguir adesão de cerca de dois mil funcionários, ou até 15% do quadro de pessoal.
A empresa afirma que o plano oferece “condições diferenciadas que incluem parcela de natureza indenizatória em função do tempo de empresa e extensão de benefícios como plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida, entre outras concessões”, mas não deu detalhes sobre valores.
Sindicatos
A Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações (Fitratelp), em conjunto com sindicatos filiados, publicou comunicado afirmando ser radicalmente contrária ao plano de demissão voluntária apresentado pela tele.
Na última sexta-feira (9), a operadora anunciou o seu “Plano de Incentivo à Saída”, que tem o objetivo de reduzir 15% do seu quadro de funcionários, fechando cerca de dois mil postos de trabalho.
De acordo com a empresa de telefonia, aquele colaborador que aderir ao plano de demissão voluntária receberá “condições diferenciadas”.
Em reunião com a Fitratelp, a operadora apresentou na última semana esse pacote de benefícios, oferecendo planos de saúde e odontológico por pelo menos seis meses para aqueles funcionários que tem até 10 anos de empresa e até um ano para quem é empregado há mais de 20 anos.
Também é previsto seguro de vida por mais 6 meses, medicamentos até o final deste ano, indenização salarial por ano de empresa, entre outros.
Os colaboradores têm até 20 de outubro para aderir ao plano de demissão voluntária, com saída prevista até 15 de dezembro de 2020.
A Oi também pretende demitir funcionários conforme critérios da própria empresa, mas oferecendo um pacote de incentivos inferior àqueles que aderirem voluntariamente. Essas demissões devem ocorrer entre 1º de novembro de 31 de dezembro.
“Neste momento, registramos a nossa indignação diante do desmantelamento da empresa e da extinção de postos de trabalho. O capital produz as suas maldades sem pensar que por trás de cada empregado existe uma família que depende do seu salário, que sonha, que criou expectativas e agora tem a sua esperança frustrada… Esclarecemos que a FITRATELP e os Sindicatos filiados são radicalmente contra demissão incentivada, uma vez que os trabalhadores são a parte mais fraca na relação capital e trabalho”, afirmou a federação em comunicado.
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