Oi (OIBR3 e OIBR4): qual o futuro da empresa após leilões e recuperação judicial?

Caminhando para nova faze, empresa de telecomunicação tem forte potencial de negócio, mas pode ficar à sombra dos altos riscos de investimento

A grande aposta para muitos investidores é que as ações da nova Oi (OIBR3 e OIBR4) multipliquem de valor. A princípio, isso ocorreu em meados de 2020, quando as ações saíram de  R$ 0,50 para aproximadamente R$ 2, um aumento de 150%.

Todavia, 2021 se mostrou um ano bem diferente, as ações da Oi acumulam queda de 25,45%. A queda reflete a realidade de uma companhia que passa por recuperação judicial, assim como detém uma dívida bilionária.

Dessa forma, a pergunta que fica é: com a empresa saindo da recuperação judicial, o que será empresa? E a “nova Oi”, que restar após leilões, merece o seu investimento?

Próximos capítulos

A princípio, após se dividir em 5 partes em 2020, a Oi iniciou o ano com uma estratégia clara, com  o objetivo de encerrar seu processo de recuperação judicial. Dentre as 5  unidades repartidas (telefonia móvel, torres, data centers, TV por assinatura, e infraestrutura – InfraCo, que inclui a operação de fibra óptica), três foram leiloadas.

O primeiro leilão, da UPI de torres e da UPI de data centers, ocorreu dia 26 de novembro do ano passado e levantou R$ 1,4 bilhão. Em seguida, foi a vez do Oi móvel. O leilão aconteceu dia 15 de dezembro por R$ 16,5 bilhões para Claro, TIM e Vivo.

Dessa forma, ainda está por vir o último leilão, porém não menos importante. O leilão da InfraCo será  dia 7 de julho de 2021. O banco BTG pretende comprar 57,9% da InfraCo, por R$ 12,9 bilhões.

Nova Oi (OIBR3;OIBR4): Qual o futuro da empresa após leilões e recuperação judicial?

O que sobra da Oi?

Segundo Ricardo Schweitzer, economista com mais de 14 anos de mercado, apesar de todos os episódios anteriores, há sim motivos para ser otimista. Schweitzer afirma ainda que tem ações da Oi em sua carteira pessoal.

Ele relata que a piora dos resultados no início de 2021, que influenciou na queda nas ações da empresa, foram devido a parte móvel, operação que já foi leiloada.

“Quando a gente olha para o restante da operação, a parte mais importante evidentemente é a de serviços residências, principalmente a fibra, que vem aumentando e compensando a queda no faturamento de serviços de voz”, explica.

Portanto, em seu serviços relacionados ao B2C (Empresa vende um produto diretamente ao consumidor), a empresa vem sendo muito bem sucedida, conseguindo expandir sua área de cobertura e contratar novos clientes em um ritmo acelerado, com uma proposta comercial interessante.

Além disso, tem também a InfraCo, uma rede neutra que será prestadora de serviço, não somente da Oi, mas também para outras empresas de telecomunicação. Em suma, o especialista continua bastante otimista com a tese.

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