No mercado financeiro, o investidor se depara com uma série de termos técnicos e siglas que podem confundir. Por exemplo, os BDRs (Brazilian Depositary Receipt), também denominados de Certificado de Depósito de Valores Mobiliários (CDVM).
Embora pouco conhecido, é de extrema importância que o investidor tenha ciência do que são BDRs, como funcionam e se vale a pena investir. Afinal, esta opção permite que os brasileiros possuam aplicações dolarizadas de forma simples.
Anteriormente, os BDRs circulavam apenas entre os investidores profissionais, diminuindo espaço para iniciantes. Contudo, desde 2020, foram liberados para todas as pessoas que operam na Bolsa de Valores. Com isso, este investimento ganhou bastante popularidade.
O que são BDRs?
Em suma, os BDRs funcionam como recibos de empresas negociadas fora do Brasil. Assim, por meio deles, o investidor tem a oportunidade de investir nas maiores empresas estrangeiras dentro da própria Bolsa de Valores (B3).
Desta forma, ao aplicar em um BDR, a pessoa expõe seu capital para um ativo estrangeira. No entanto, é importante destacar que os papéis não estão sendo negociados diretamente na B3. Afinal, estes operam apenas como certificados das ações.
Sendo assim, quando esses investimentos ocorrem de forma autônoma pelas próprias instituições, são denominados de BDRs não Patrocinados. Por outro lado, os BDRs Patrocinados são chamados assim quando a empresa internacional coordena o processo.
Como funcionam?
A propósito, é possível comprar e vender BDRs da mesma maneira que o investidor faz com as ações. Entretanto, os investidores não se tornam sócios da empresa, como ocorre com os papéis brasileiros. Em contrapartida, eles podem receber com a valorização no exterior, tendo direito aos proventos da empresa.
Além disso, esta aplicação está diretamente atrelada ao dólar. Ou seja, os verdadeiros ativos são negociados em sua moeda de origem. Portanto, as variações do câmbio impactam diretamente nos BDR cotados em real.
Vale a pena investir?
Em resumo, o investimento em BDR oferece a oportunidade de investir em empresas de grandes nomes, como Amazon (AMZO34), Nike (NIKE34), Disney (DISB34), entre outras. Sendo assim, a pessoa fica imune da alta tributação sobre herança que reflete nos investimentos dos Estados Unidos.
Além disso, ao investir em empresas internacionais, a carteira fica diversificada. Logo, oferece proteção em momentos de vulnerabilidade no mercado financeiro brasileiro. Isto é, mesmo com a B3 em queda, os investimentos internacionais compensam as perdas.
No entanto, para valer a pena, é fundamental que o investidor tenha ciência de qual ativo se encaixa melhor ao seu perfil e que faça um planejamento.
Em contrapartida, os BDRs também apresentam fatores desvantajosos. Uma vez que, mesmo com a valorização das ações, outras condições levam à queda do dólar, o que pode prejudicar os ganhos.
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