Pela primeira vez em 8 anos de existência, o Nubank registrou um saldo lucrativo ao final do primeiro semestre.
Esse dado pode surpreender alguns, principalmente, por se tratar de um banco digital tão grande quanto o roxinho. Entretanto, a verdade é que durante todo esse tempo a instituição financeira só vinha apresentando prejuízo em termos de caixa.
Mas, como? Se você faz parte do grupo de pessoas que está surpreso com essa informação, confira a seguir como o banco digital conseguiu crescer tanto mesmo passando por 8 anos de prejuízo:
Lucro de R$ 76 milhões
O lucro registrado pelo Nubank foi de R$ 76 milhões no primeiro semestre de 2021. Vale lembrar que a quantia é inferior ao que o banco digital já tomou de prejuízo. Só em 2020, foram R$ 230 milhões de prejuízo líquido, e R$ 312 milhões em 2019.
Mesmo assim, a conquista do primeiro lucro é significativa para o banco digital e uma ótima notícia para os investidores, uma vez que o roxinho logo mais estreará sua oferta pública inicial (IPO) na bolsa de valores norte-americana, o Índice Nasdaq.
Em suma, o valor adquirido de lucro não será distribuído aos investidores. De acordo com o Nubank, o dinheiro será reaplicado na instituição como uma forma de investimentos, para assim melhorar seus produtos e serviços.
Prejuízo vs Expansão
A questão dos prejuízos apresentados pelo Nubank nesses 8 anos nunca foi uma questão para sua expansão no mercado. Isso porque o banco digital permaneceu em crescimento, mesmo dando milhões em prejuízo.
Em 2019, ano em que a instituição financeira apresentou R$ 313 milhões em prejuízo contábil, quase 212% maior do que o apresentado em 2018, a fintech também registrou um aumento de 70% em sua receita bruta, atingindo R$2,1 bilhões.
Essa dualidade ocorre por diversos motivos. Um deles é a possível inadimplência dos clientes, que são atraídos justamente pela maior facilidade de obter crédito. Outro motivo é o modelo de negócios, com objetivos de crescimento acelerado. Portanto, essa característica de prejuízo é comum.
“Todas essas fintechs têm licença ainda para dar prejuízo nessa fase de crescimento acelerado”, afirma Carlos Daltozo, head de renda variável da Eleven.
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