A participação dos bancos digitais está cada vez mais predominante no mercado financeiro brasileiro. Logo, em julho deste ano, estas carteiras registraram 17,976 downloads.
Na lista divulgada pelo Bank of America, as instituições que lideraram o topo foram o Nubank, com 2,496 milhões, o PicPay, com 1,842 milhões, e o Banco PAN, com 1,804 milhão. Assim, graças as opções sem tarifas e falta de agências bancárias, as fintechs conseguiram dobrar as carteiras digitais de seus clientes.
Participação dos bancos digitais na pandemia
No entanto, embora os números atingidos sejam altos, a pesquisa aponta a terceira queda consecutiva mensal nos downloads de aplicativos das instituições financeiras. Em relação ao mês de junho, a baixa foi de 4,4%.
Por certo, em comparação com julho do ano passado, os resultados representam uma redução de 13%. Em contrapartida, no ano de 2020, em meio ao cenário pandêmico, houve uma alta procura desses serviços digitais.
Como registra a análise do UBS Evidence Lab, pela primeira vez, a quantidade de downloads de aplicativos superou os grandes bancos no ano passado. Posto que, em 2019, a atuação das instituições tradicionais predominava com 52% das atividades. Entretanto, este cenário reverteu, assim, a participação das fintechs é de 52% agora.
Na avaliação do analista Thiago Batista, a pandemia causada pela Covid-19 fez com que muitas pessoas confiassem mais nos sistemas digitais, até mesmo os idosos. Atualmente, ao todo, são mais de 60 milhões de contas digitais.
Valorização digital
Até mesmo para as instituições com menos visibilidade, que ainda não alcançaram a fama do Nubank, C6 Bank, entre outros, foram impactadas por uma valorização “além do imaginável”.
A fintech Neon, por exemplo, cresceu três vezes em receita no intervalo entre março e julho. Além disso, aumentou em três anos a escalada de seu crescimento e a quantidade de clientes, que somam 12 milhões.
De acordo com Pedro Conrade, fundador da Neon, ainda que 2020 apresentou um crescimento acima do esperado, há espaço para ampliar e dominar cada vez mais a participação dos bancos digitais no mercado. Visto que, atualmente, quase 50% das transações permanecem em dinheiro.
“Só nesse aspecto, temos o dobro de mercado para conquistar. A nossa oportunidade se dá em evoluir mais rápido antes que os grandes bancos cheguem”, destaca Pedro.
Em suma, com as novas medidas adotadas pelo Banco Central, a competição nesse setor deve ser cada vez mais estimulada. Por exemplo, com o open banking e os pagamentos instantâneos.
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