Marfrig (MRFG3) é alavancada pelos EUA e mostra resiliência na América do Sul, diz XP

A companhia reportou bons resultados no quarto trimestre de 2020

A XP Investimentos analisou o ativo Marfrig (MRFG3) em seu portfólio, principalmente por conta do balanço divulgado esta semana, e reiterou compra para os papéis da companhia.

Isso porque, na opinião da gestora, a companhia reportou bons resultados no quarto trimestre de 2020, acima na comparação anual (EBITDA de R$ 2,1bi, +30% A/A), ainda que ligeiramente pior na comparação com o terceiro trimestre de 2020.

“A receita veio 1% acima da nossa expectativa, mas o EBITDA consolidado ficou 6% abaixo do que esperávamos devido a uma performance ligeiramente pior na América do Norte”, disse.

E acrescentou: “a América do Norte performou melhor na comparação anual, ainda que abaixo do que esperávamos: margem EBITDA no quarto trimestre de 13,1% vs. 12,4% no terceiro trimestre de 2020 e 14,1% XPe. O volume de abate nos EUA retornou para patamares normais, em linha com o quarto trimestre de 2019.”

“Como já dissemos anteriormente, olhando para frente, acreditamos que os resultados da Marfrig em 2021 devem sofrer uma acomodação em relação aos resultados estelares alcançados ao longo de 2020. Dito isso, ainda assim, reiteramos nossa recomendação de Compra para as ações”, frisou.

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Marfrig

O frigorífico lucrou R$ 3,3 bilhões em 2020 e pretende voltar a distribuir dividendos aos acionistas, conforme relatório encaminhado ao mercado.

De acordo com o Valor Econômico, no Brasil o ano do boi se traduz em matéria-prima cada vez mais cara — o que está longe de ser uma boa notícia, mesmo com o voraz apetite da China —, nos Estados Unidos, a empresa está gerando caixa como nunca, o que faz toda a diferença.

Nas operações nos EUA, onde a companhia gera 80% do Ebitda, a demanda aquecida por carne e a ampla oferta de gado fizeram as margens baterem recorde. A Marfrig lucrou R$ 3,3 bilhões em 2020, com uma geração de R$ 4,9 bilhões de caixa livre.

Após anos na corda bamba, Molina virou o jogo com a compra, em 2018, do National Beef, a quarta maior indústria de carne bovina dos Estados Unidos. De lá para cá, ele conduziu um bem-sucedido processo de desalavancagem, um movimento visto com alguma desconfiança inicialmente — o empresário cresceu fazendo grandes aquisições, e houve quem duvidasse de sua faceta mais espartana.

Veja MRFG3 na Bolsa:

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