Cosan (CSAN3), agora reorganizada, foca subsidiárias e não descarta IPOs em 2021

O “espírito” da Cosan é de “inconformado”, diz gestor

Com a conclusão de reorganização societária que unificou três holdings e suas ações negociadas em bolsa, o conglomerado Cosan (CSAN3) inicia nesta quarta-feira (10) uma nova etapa em seus mais de 15 anos como empresa listada, que deverá focar em ofertas públicas (IPOs) de três companhias do grupo (Raízen, Compass (PASS3) e Moove) e no fortalecimento da Rumo (RAIL3), já negociada na B3 (B3SA3). A informação é da Reuters.

“É um ‘major milestone’, uma coisa bastante importante, vínhamos trabalhando há bastante tempo nisso. As três holdings (Cosan Limited, Cosan S.A. e Cosan Logística (SA:RLOG3)) viram uma, e os negócios de infraestrutura, logística e energia ficam debaixo de um mesmo guarda-chuva”, disse à Reuters o presidente da Cosan, Luis Henrique Guimarães, lembrando que ter as quatro plataformas do grupo listadas é um movimento planejado subsequente.

Assim, o momento de celebração da reorganização, que simplificará e deve impulsionar a companhia, vai durar pouco, disse o executivo. Isso porque o “espírito” da Cosan é de “inconformado”, comentou Guimarães, citando o livro “O Inconformista”, do controlador do grupo, Rubens Ometto, que está lançando a sua biografia este mês.

“A gente comemora e já vira a página, e já vamos atrás de como melhorar o resultado e aplicar o capital”, afirmou o CEO, destacando que a Cosan agora busca cumprir as promessas de IPOs da Raízen, do setor de açúcar, etanol e de vendas de combustíveis, e Compass, que atua na distribuição de gás e produção e comercialização de energia.

Cosan (CSAN3) apresenta pedido de registro de IPO da Compass Gás e Energia
Cosan (CSAN3) apresenta pedido de registro de IPO da Compass Gás e Energia

Cosan: ação

A ação da Cosan tem sido negociada em patamar de mais de 90 reais, máxima histórica atingida nesta semana, o que para o executivo é um sinal de que o mercado entende que a simplificação da estrutura qualifica a empresa a continuar tomando as decisões consideradas “corretas quando a oportunidade se apresenta”.

Seguindo essa lógica, os IPOs deverão ser realizados –e o CEO não descarta a efetivação das operações ainda neste ano.

Questionado se a movimentação para a oferta de ações da Raízen –que fechou acordo recentemente para incorporar a rival Biosev (BSEV3) por R$ 3,6 bilhões mais ações– seria a mais adiantada, Guimarães negou, enfático.

“Raízen não é o processo mais avançado, porque a Compass está pronta, basta eu apertar o botão”, comentou, em referência ao processo do IPO da companhia de gás e energia, que foi cancelado em setembro último devido às condições de mercado e poderia ter levantado mais de R$ 4 bilhões”, disse.

Sobre a Raízen, o executivo evitou dar detalhes, mas disse que o IPO está sendo trabalhado com a sócia, a Shell, “para no momento correto poder divulgar as informações”.

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