A Linx (LINX3) reportou prejuízo líquido de R$ 7,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante perda de R$ 171 mil no mesmo período de 2019, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta segunda-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos controladores.
A receita operacional líquida somou R$ 220,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 12,2% sobre a receita de R$ 196,9 milhões em igual período do ano passado.
A companhia teve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 44,6 milhões no penúltimo trimestre deste ano, 11,3% acima do Ebitda de R$ 40 milhões de igual intervalo do ano passado., A margem Ebitda passou de 20,4% para 20,2% entre os dois períodos.
Stone e Totvs
A Linx está em vias de ser adquirida pela Stone. A Totvs quer a desenvolvedora de software e entrou na briga pelos ativos.
Ainda que tudo esteja favorável para a Stone, o conselho de administração da Linx decidiu prorrogar a validade de sua proposta até 31 de dezembro.
A decisão não surpreende. O presidente do conselho de administração da Totvs, Laércio Cosentino, disse que seguirá na disputa com a Stone até o final e que a empresa está disposta a elevar a sua oferta.
Além disso, ela considera recorrer à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para suspender uma assembleia de acionistas da Linx.
O resultado desse pleito dependerá dos acionistas, uma vez que a administração da Linx já disse que a oferta da Totvs não atende aos seus interesses.
Ambas vivem uma relação conturbada. A Totvs afirmou que, desde o início das responsabilidades, conselheiros independentes da Linx assumindo o compromisso de garantir uma competição justa. Mas que sucessivos aditivos e análise apressada das propostas resultado, para a Totvs, em perda da independência dos conselheiros.
Não foi a primeira vez que a Totvs sobiu o tom contra a administração da Linx. A empresa já havia criticado a recusa do conselho independente em assinatura a minuta do protocolo de incorporação da Totvs.
A briga entre as companhias começou quando o conselho de administração da Linx assinou contrato de venda para Stone, no dia 11 de agosto, por R $ 6,04 bilhões. A proposta envolvia um pagamento diferenciado aos fundadores da Linx, que ocupam três das cinco vagas do conselho.
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