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Faltando cerca de 50 dias para o fim de 2020, o mercado financeiro constatou que a emissão de debêntures por parte das empresas caiu consideravelmente. O levantamento é do Valor Econômico.
Conforme o jornal, o mercado local de títulos de dívida perdeu o brilho dos últimos dois anos, voltando aos níveis pré-2018. Com os fundos de crédito privado convivendo com saques já há um ano, os bancos passaram a encarteirar boa parte das emissões de debêntures. A crise também provocou uma redução das ofertas.
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Debêntures
De acordo com dados da Anbima, neste ano até setembro, as ofertas com esforços restritos de colocação, via Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somavam até setembro R$ 72,5 bilhões, ou 42,6% dos R$ 170 bilhões alcançados por essas operações em 2019. No período, foi realizada apenas uma oferta via Instrução CVM 400.
Ainda no acumulado do ano até setembro, 77,6% das operações ficaram com os bancos coordenadores, contra um percentual de 40,6% no ano passado. Já a participação dos fundos na distribuição dos papéis caiu de 48,8% em 2019 para 14,7% este ano.
O prazo das emissões também encurtou um pouco. Em 2019, a maior parcela, 45% delas, saiu com vencimento entre quatro e seis anos. Já neste ano, 38,9% foram emitidas com vencimento em até três anos. O prazo de quatro a seis anos concentrou 24,5% do total de ofertas. Em relação à remuneração, em vez de percentual do DI, predomina neste ano o “DI +.
Neste ano de incertezas, quase nenhuma empresa quis se arriscar a aumentar a base de investidores, fazendo ofertas 400, que incluem o varejo. “Uma oferta 400 demora de quatro a seis meses. Uma 476, de três a quatro semanas. Só se não estiver precisando do dinheiro o emissor vai esperar meses para captar, no cenário atual de volatilidade e covid”.
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