Nessa segunda-feira (23), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou ao mercado que deferiu a solicitação de Oferta Pública Inicial (IPO) da Havan pela segunda vez. Contudo, a autarquia não deixou explícito os motivos pelos quais negou o pedido.
Vale lembrar que essa interrupção pode ter vindo de um pedido da própria empresa. Isso porque, o registro não continha uma solicitação para realizar uma oferta de ações.
Primeira tentativa
A empresa de Luciano Hang havia solicitado seu IPO pela primeira vez em outubro de 2020. No entanto, o empresário desistiu da estreia na Bolsa de Valores (B3) depois da avaliação de R$ 100 bilhões solicitada ter sido negada pelos investidores.
Com esse dinheiro, Hang afirmou que deseja ir em busca de novos recursos para abrir centros de distribuição para suas lojas, assim como inaugurar outras novas unidades. Além disso, o dono da Havan informou que pretendia investir em tecnologia e reforçar o capital de giro.
IPOs em tempos de crise
Só em 2021, mais de 60 instituições acabaram desistindo de seus IPOs na Bolsa. Questões como: aumento de juros nos Estados Unidos ou uma nova onda da Covid-19 têm amedrontado essas empresas. Dessa forma, elas acabaram voltando atrás por receio da volatilidade do mercado em tempos de crise.
No entanto, das 32 empresas que estrearam na B3 em 2021, mais da metade teve que se submeter a preços mais baixos do que o esperado para os seus ativos.
Em suma, algumas dessas companhias ainda viram suas ações passarem por grandes quedas. Isso porque, a falta de um histórico dentro do mercado acabou colocando-as como um alvo de vendas.
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