Nesta quinta-feira (8), foram divulgados os dados do IPCA (índice que mede a inflação do país) de junho. De acordo com o dado, a inflação subiu 0,53% em comparação a maio, desacelerando e surpreendendo o mercado, que esperava uma porcentagem maior. Entretanto, essa foi a maior alta para o mês desde 2018.
No acumulado de 12 meses, a alta bate uma taxa de 8,35%, considerada enorme. Os maiores vilões para o período são os preços da carne, energia elétrica e gasolina, chegando a representar um terço do aumento da inflação.
Os grandes vilões
Não é novidade pra ninguém, muito menos para os brasileiros, que já vêm sentindo na pele o aumento nos preços dos alimentos, luz elétrica e gasolina. Essa mudança, assim como outras, impactam diretamente os índices da inflação.
Dessa forma, foi possível perceber esse impacto, antes mais do que nunca, devido a crise hídrica que assola o país. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) já anunciou que as contas de energia irão passar a ser cobradas na bandeira vermelha 2, custando um valor de R$ 9,49 por quilowatts ao consumidor.
As carnes, por sua vez, subiram 1,32%. Essa já é o quinto mês consecutivo que o alimento proteico sobe. Já para a gasolina, o avanço foi de 0,69%, chegando a custar cerca de R$ 6,17 em alguns estados do país.
Maior avanço desde 2016
No acumulado de 1 ano, a inflação bate o maior avanço desde setembro de 2016, quando o índice IPCA chegou a marcar 8,48% no acumulado de 12 meses.
Dessa forma, os dados apontam um resultado que permanece acima do teto máximo da meta de inflação estabelecida pelo Governo Federal para 2021. O objetivo de inflação do Banco Central para 2021 era de 3,75%, podendo variar entre 2,2% e 5,25%.
No entanto, com o cenário brasileiro atual, a projeção dos analistas para o mês de junho era um aumento de 0,59% no mês e 8,40% no acumulado de 12 meses.
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