A Estapar (ALPK3) reportou prejuízo líquido de R$ 15,9 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 150,8%, ante o prejuízo de R$ 6 milhões reportados no mesmo período de 2019, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, no acumulado do ano, as perdas somaram R$ 170,7 milhões, montante quatro vezes maior do que os R$ 42,6 milhões reportados um ano antes. Os números consideram a adoção da norma contábil IFRS-16.
De acordo com a companhia, as restrições impostas pela crise da pandemia da covid-19 e o ciclo de “intensivos” investimentos em crescimento dos últimos exercícios, impactando as despesas de depreciação e amortização, explicam o prejuízo.
Estapar
A receita da Allpark também recuou 33%, para R$ 184,6 milhões. No ano, houve queda de 39,9%, para R$ 278,7 milhões. Todas as divisões de estacionamentos registraram recuo na receita no período entre outubro e dezembro.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 95,2 milhões, queda de 16,5% em relação ao mesmo período de 2019.
A margem Ebitda cresceu 10,7 pontos percentuais (p.p.), para 51,6%.
Em dezembro, o faturamento da Allpark atingiu 63%, se comparado ao mesmo mês de 2019. O segmento de “on-street”, que são as operações de estacionamentos nas vias públicas, representou o maior percentual de faturamento, com 87,3%, perante dezembro de 2019.
O número de vagas ofertadas pela dona da Estapar cresceu 3,3% em dezembro de 2020, em relação ao mesmo mês de 2019, totalizando 388.955 vagas.
Balanço
Os contratos de longo prazo registraram o maior crescimento, com avanço de 10,8% em vagas nos setores de lazer e shopping centers.
As concessões “on-street”, que são as operações de estacionamentos nas vias públicas, registraram crescimento de 9,7%, principalmente pela expansão de 8 mil vagas na concessão da Zona Azul de São Paulo.
Já no segmento de propriedades, que trata dos edifícios comerciais, a expansão foi de 4,8%.
Por outro lado, o segmento de vagas alugadas e administradas registrou redução de 1,3%, mas que foi compensado, de acordo com a companhia, pela conversão de operações alugadas e administradas em contratos de longo prazo em hospitais.
De acordo com a Allpark, o faturamento em 2020 ficou distribuído entre aeroportos (30%), edifícios comerciais (20%), shopping centers e varejo (24%), hospitais e centros médicos (14%).
A companhia afirmou ainda que, em relação às operações “on-street”, a contribuição positiva da Concessão da Zona Azul de São Paulo já “faz presente pelo aumento da participação para 6% da receita líquida total, comparado a 5% aos nove meses de 2020.
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