A processadora Brasil Foods (BRFS3) reportou lucro líquido de R$ 902 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 30% em relação a igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, no acumulado do ano o lucro líquido somou R$ 1,39 bilhão, elevação de 14,6%. Já a receita líquida saltou 23,5%, para R$ 11 bilhões. No acumulado, o indicador subiu 18%, para R$ 33 bilhões.
Brasil Foods: BRF
Segundo a empresa, o Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 5,2 bilhões em 2020, alcançando uma margem de 13,1%, evolução de 110,7% quando comparado ao início da reestruturação.
No trimestre, o Ebitda ficou em R$ 1,5 bilhão, alta de 12,3%.
Para a companhia, essa evolução é reflexo direto da solidez da governança corporativa, gestão operacional e comercial eficiente, disciplina financeira, fortalecimento da cultura da companhia e expansão da capacidade de inovação.
A empresa também evoluiu na gestão da sua dívida, saindo de uma alavancagem líquida de 5,12x em 2018, com dólar a R$ 3,80 para um índice de 2,73x com a moeda americana a R$ 5,20.
O prazo médio da dívida passou de 3 anos em 2018 para 9,9 anos em 2020. A receita em inovação no Brasil mais do que dobrou, saltando de 2,7% em 2018 para 5,6% em 2020.
Brasil Foods: Lorival Luz
CEO Global, Lorival Luz disse considerar que a companhia está fundamentada para um crescimento sustentável. “Estamos muito orgulhosos dos resultados apresentados ao término deste primeiro ciclo de transformação, pois eles reforçam a nossa disciplina e excelência para executar a estratégia, nossa capacidade de inovar e, principalmente, a força do nosso time e da nossa cultura”.
O volume de aves caiu 4%, enquanto o de suínos e outros despencou 15,8% no Brasil.
A receita líquida atingiu um número recorde de R$ 20,985 bilhões, crescimento de 20,0% em comparação com o ano de 2019.
No segmento internacional, a BRF reforçou sua expansão geográfica e fechou o ano com 44 novas habilitações.
A companhia apresentou receita líquida de R$ 17,24 bilhões, com aumento de 15,7% em relação a 2019. Já o Ebitda ajustado de R$ 2,10 bilhões caiu 9,3% no ano, e a margem ficou em 12,2% (-3,4 p.p.).
A receita líquida dos frangos Halal, destinados aos países mulçumanos, totalizou R$ 1.924 bilhão, alta de 32,1%, favorecida pela desvalorização cambial do real versus o dólar.
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