A Ânima Educação exerceu seu direito de aquisição e titularidade sobre a Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), conforme fato relevante encaminhado ao mercado nesta quinta-feira (21).
De acordo com o documento, com o fechamento da transação, a Universidade UNISUL passa a ser mantida pela Ânima Educação, sendo os efeitos contábeis retroativos ao início de janeiro de 2021, conforme ajustado entre as partes, e já previsto no contrato original.
“Após 10 meses atuando sob co-gestão e de uma implementação cuidadosa e eficiente do Plano de Reestruturação, a Ânima Educação se sente totalmente preparada e especialmente honrada com a responsabilidade de fazer parte da trajetória de solidez e credibilidade desta respeitada Instituição, que marca a história da educação do Estado de Santa Catarina, e entusiasmada com as perspectivas de contínuo crescimento e interação com toda a comunidade da UNISUL, reforçando seu compromisso de oferecer educação de alta qualidade em mais um passo estratégico na missão de transformar o país pela educação”, destacou a empresa.
Anima: segmento de educação
Em relatório divulgado uma semana atrás, o BTG elencou que o cenário para o setor de educação segue nebuloso, sobretudo para a educação superior.
A inflação do setor de educação superior apresentou os piores números da série histórica do banco: -0,27% em 2020, contra alta de 3,92% no ano anterior. Na visão do BTG, o cenário segue muito desafiador para o segmento, principalmente considerando que as aulas presenciais devem ser retomadas apenas em março.
Por isso, o banco elege como favoritas no setor empresas menos suscetíveis ao cenário adverso: a Anima, que se beneficia de seu foco no nicho de alta qualidade, de sinergias de aquisições recentes e da relevante exposição a cursos de medicina; e a Vitru, focada no ensino à distância.
No fechamento do pregão desta quarta-feira (13), as ações da Anima (SA:ANIM3) tinham alta de 0,25%, ou R$ 36,09, enquanto as da Vitru (NASDAQ:VTRU) disparavam 8,08%, a US$ 15,38.
Os preços do ensino médio e do ensino básico também foram afetados. Porém, o banco avalia que os números de dezembro indicam uma leve recuperação ao final do ano. A inflação do ensino médio foi de 5% em 2020, abaixo dos 5,6% de 2019, enquanto a alta nos preços do ensino básico ficou em 3,7%, contra 7% no ano anterior.
A melhor performance do segmento em relação ao ensino superior se deve ao fato de a demanda ser menos elástica e menos suscetível a mudanças nos preços, visto que a percepção de qualidade das escolas particulares permite aumentos.
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