A valorização dos bancos digitais é nítida. Não é de hoje que eles vêm conquistando o espaço dos bancos tradicionais, principalmente, em razão da praticidade, modernidade e o fim da burocracia. Isso porque basta ter um smartphone para, em poucos minutos, solicitar a abertura de uma conta digital e até cartões de crédito.
Sendo assim, hoje o canal de entrada é apenas um smartphone para a realização de transação, operação e atendimento ao cliente, sem necessidade de uma agência.
Desse modo, a tecnologia simplifica a interação entre banco e usuário, conseguindo transformar um relacionamento entre o aplicativo e o cliente. A propósito, essa praticidade se assemelha aos serviços de delivery, transporte, streaming de vídeos e muitos outros avanços digitais.
Ascensão dos bancos digitais
Em suma, as fintechs pioneiras no mercado nasceram em 2013, acompanhando projetos e modelos inovadores para a época. De baixo custo e distribuição digital, já tinham o propósito de reestruturar o relacionamento e experiência dos clientes.
No entanto, isso mudou com o cenário de pandemia, que veio à tona em 2020, impondo o distanciamento digital e impossibilitando o cliente de se dirigir até uma agência. A situação fez com que os bancos digitais ganhassem cada vez mais espaço no mercado.
De acordo com o Banco Central, ao menos 40 bancos digitais iniciaram suas atividades no ano passado. Isso em razão de uma série de fatores que contribuíram para o crescimento do setor, como os auxílios do governo, a implementação do Pix e o Open Banking.
Em contrapartida, existem brasileiros que ainda desconfiam da segurança e potencial dos bancos digitais. Uma pesquisa da Febraban apontou que 70% dos brasileiros não confiam em bancos, muito menos em fintechs.
Pensando nisso, Wagner Martin, diretor de desenvolvimento de negócios da Veritran Brasil, destacou 4 aspectos que podem ser considerados na hora de selecionar um banco digital:
1 – Onboarding Digital
Tendo em vista que a agilidade é o principal lema das fintech, isso por conta do onboarding digital, que caracteriza um processo que envolve as etapas iniciais de contato entre o cliente e a fintech. Logo, no caso dos bancos digitais, a instituição deve oferecer garantias de segurança aos usuários.
Além disso, o processo de abertura da conta consiste em simplesmente utilizar o smartphone e disponibilizar seus dados ao usuário. Ainda que, há verificação biométrica, que detém uma tecnologia capaz de validar a documentação, ratificando-a com uma entidade governamental.
Portanto, a segurança dos bancos digitais se baseia nas regras das instituições tradicionais, que disponibiliza também a proteção de dados para evitar lavagem de dinheiro, fraude e/ou atividades criminosas.
2 – Autenticação por biometria facial
Desse modo, com a chegada dos bancos digitais, a cibersegurança moderna transformou a biometria facial em uma ferramenta indispensável, quando falamos de segurança das operações. Entretanto, grande parte dos celulares já oferecem essa função, e agora, esses recursos estão sendo incorporados aos serviços bancários.
Nesse sentido, os tokens físicos, senhas e os demais recursos adotados pelas instituições tradicionais durante anos, atualmente, foram deixados de lado, para evitar dor de cabeça e descomplicar a vida das pessoas.
Em resumo, a biometria facial possibilita autenticar a identidade do cliente, que, por meio de um simples scan facial, pode realizar login na plataforma, autorizar uma operação ou até mesmo realizar um pagamento.
3 – Geolocalização
Já a função de geolocalização, representa uma ferramenta valiosa para coletar informações mais específicas e culturalmente contextualizadas sobre os usuários, facilitando a relação entre o banco e o cliente.
Nesse sentido, a localização disponibiliza dois benefícios essenciais. Bem como, possibilita que o cliente continue gerando confiança e a facilidade de personalização da experiência financeira.
4 – Personalização
Uma prática que os bancos digitais integraram desde o início, foi a personalização. Visto que, essa prática transformou todas as interações do cliente em novas funcionalidades úteis para cada cliente em particular.
Nesse sentido, os bancos digitais simplificaram a compreensão das finanças, adicionando ferramentas de informação de fácil compreensão. Não apenas um contador de equilíbrio e movimentos estáticos que não prevêem ou fornecem informações valiosas ao cliente.
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