Oi (OIBR3): tempo de análise no Cade sobre operação móvel depende do comprador

O tempo de análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) acerca da venda da operação móvel da Oi (OIBR3) dependerá da companhia compradora.

A afirmação é do ministro das Comunicações Fábio Faria, para quem o segmento em que atua a empresa adquirente vai impactar o trêmite.

Segundo ele, se o comprador for uma empresa como a Highline, a análises dos impactos de concorrência e concentração seriam mais rápidos.

Já se o negócio for fechado com as três operadoras brasileiras, Claro, TIM e Vivo, a avaliação seria mais longa porque as análises de impacto e concentração de mercado seriam feitas por cada Estado, o que demandaria mais tempo.

O consórcio das teles é quem ficou com a preferência no processo de concorrência.

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OIBR3: Alexandre Barreto

Faria diz que está conversando com o presidente do Cade, Alexandre Barreto.

Para Barreto, a venda de ativos da Oi, incluindo a divisão de celular (Oi Móvel), traz preocupações concorrenciais, especialmente se a empresa aceitar a oferta conjunta da Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões.

Ele diz acreditar que a operação de concentração, se fechada com o consórcio de operadoras, deverá sofrer grande escrutínio por parte do órgão para impedir que se torne prejudicial para a economia e para os consumidores.

Ofertas vinculantes

Na semana passada, Faria disse que conversou com interlocutores da Highline. Na conversa, o ministro das Comunicações ouviu que a empresa tem interesse no mercado de infraestrutura de telecom brasileiro e nos ativos da Oi – que aprovou na última terça-feira, 8, um aditamento de seu plano de recuperação judicial.

Embora ainda possa estar no páreo pelos ativos móveis, a companhia também tem interesse em fazer oferta vinculante para a unidade de infraestrutura, a InfraCo, e já tem uma status de preferência (stalking horse) para a divisão de torres.

No final de julho, a Oi chegou a dar à Highline a exclusividade da negociação para a venda da Oi Móvel, deixando, na ocasião, a proposta feita pelas operadoras Claro, TIM e Vivo na fila.

A Highline é uma empresa operadora de torres que tem por trás o fundo Digital Colony e mais um consórcio de investidores em infraestrutura.

Uma semana depois, as três operadoras brasileiras fizeram uma nova oferta conjunta vinculante de R$ 16,5 bilhões, na tentativa de cobrir a apresentada pela Highline, que inclui também a possibilidade de o Grupo Oi assinar contratos de longo prazo para uso de infraestrutura.

Veja OIBR3 na Bolsa:

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