Fevereiro tem se mostrado volátil, o que pode representar risco, mas também oportunidade

A dispersão das expectativas de preço é um dos fatores de influência

A XP Investimentos analisou o mês de fevereiro que, apesar de estar ainda na primeira quinzena, tem mostrado um cenário altamente volátil, o que se reflete nos investimentos.

De acordo com a gestora, a dispersão das expectativas de preço é um dos fatores de influência para tal. “Assim, a volatilidade não resulta apenas em riscos, mas sem dúvidas em mais oportunidades. As melhores recomendações nesse cenário são manter a carteira diversificada em diferentes classes de ativos, além de se manter investido”.

Para a XP, o ano começou agitado, marcado principalmente por movimentos de investidores varejo comprando papéis pouco líquidos e grandes fundos de investimentos no exterior que operam vendidos esses mesmos papéis. Em grupos organizados na internet, pessoas físicas compraram quantidades de papéis suficientes para que grandes hedge funds tivessem que interromper suas operações.

“A renda variável temm sofrido um pouco desde janeiro. O Ibovespa encerrou o mês com uma queda de 3,21% e a bolsa americana (S&P 500) apresentou retorno de -1,16%. No entanto, mantemos nossas alocações em ativos de risco dado que esses ruídos em nada afetam nosso cenário de longo prazo”, frisou.

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Investimento ETF

Renda variável

A inclusão de parcelas maiores de renda variável nos fundos de previdência ajuda também a aumentar o apelo aos novos investidores, que se mostraram, em grande parte, resilientes aos sacolejos da bolsa no último ano.

Presidente da AZ Quest, Walter Maciel diz acreditar que o investidor pessoa física deu uma aula nos investidores institucionais e profissionais, porque os ativos foram lá para baixo e ele viu a bolsa voltar e até fazer nova máxima histórica.

Para ele, esses momentos turbulentos realmente não deveriam incomodar quem investe a tão longo prazo, para a aposentadoria.

A fala de Maciel encontra base no aumento de 94% no número de contas de pessoas físicas na B3, a bolsa brasileira, em 2020, período em que o Ibovespa saiu do recorde (até então) de 119.123 pontos em janeiro e encontrou o fundo do poço em 61.690 pontos em março. É como se os pequenos investidores tivessem finalmente entendido que o sobe e desce faz parte do jogo e que momentos de baixa podem ser tolerados, de acordo com seu perfil de risco.

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