Após cinco anos de negociação, a Vale (VALE3) e o governo chegaram a acordo em prorrogação de concessão de duas ferrovias. Ontem, a mineradora informou que o conselho da empresa aprovou termos aditivos dos contratos de prorrogação antecipada da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
Segundo o Valor Econômico, a conclusão da prorrogação, antecipada pelo Valor na semana passada, vale por mais 30 anos a contar de 2027, quando vencem os atuais contratos, detalhou a mineradora. Os compromissos, que incluem investimentos e pagamento de outorga à União, exigirão recursos de R$ 24,7 bilhões, a serem aplicados em 2021 – sendo R$ 11,8 bilhões ao governo, por outorga pelas ferrovias.
Outorga
Conforme o jornal, do valor da outorga R$ 300 milhões serão usados na compra de trilhos e dormentes destinados à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), informou a Vale. Além disso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai avaliar a construção de ramal ferroviário, como extensão da EFVM, de cerca de 82 quilômetros, ligando as cidades de Santa Leopoldina (ES) a Anchieta, no litoral do Espírito Santo. Parte destes desembolsos, para este projeto, seriam elegíveis de dedução do custo total da outorga, informou a empresa.
Na semana passada, o periódico apurou que R$ 2,2 bilhões da outorga das duas ferrovias da Vale iriam para uma conta vinculada ao projeto de Ferrogrão. Esses recursos seriam colocados à disposição da futura concessionária da via ferroviária, um projeto com 933 quilômetros de extensão entre Sinop (MT) e Mirituba (PA), para bancar chamados “riscos não ger
Investimentos
A Vale informou ainda que, do total de investimentos previstos na prorrogação antecipada das duas ferrovias, R$ 1,8 bilhão serão destinados à EFC e R$ 2,1 bilhões à EFVM.
Além disso, do total de recursos compromissados, R$ 8,7 bilhões irão para construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), detalhou a mineradora.
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