As distribuidoras da Neoenergia (NEOE3) injetaram 16.307 gigawatts-hora (GWh) de eletricidade no terceiro trimestre de 2020, alta de 1,33% na comparação anual, disse a empresa em prévia não auditada dos resultados operacionais.
Segundo a companhia, o resultado sinaliza que a retomada da economia após as medidas de isolamento relacionadas à pandemia de coronavírus tem refletido no mercado de distribuição de energia.
NEOE3: maior variação
A maior variação positiva foi registrada pela distribuidora Elektro, que atua nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e injetou 4.876 GWh no período, avanço de 5,29%, impulsionada pelas classes residencial e rural.
A distribuidora Celpe também apurou resultado positivo na comparação anual, com avanço de 1,43%, mas Coelba e Cosern registraram quedas no período –de 1,13% e 1,28%, respectivamente.
Resultado positivo
Apesar do resultado positivo no terceiro trimestre, no acumulado dos nove primeiros meses do ano ainda há variação negativa de 2,5% na injeção de energia frente a igual período de 2019, com um total de 48.851 GWh.
A queda, que envolve resultados negativos das quatro distribuidoras, “ainda reflete impactos da Covid-19”, disse a empresa.
A energia injetada representa a energia distribuída nos mercados cativo e livre acrescida das perdas.
A divulgação dos resultados consolidados da Neoenergia para o período está marcada para o dia 20 de outubro.
Projetos eólicos offshore
A Neoenergia está de olho nas oportunidades do potencial eólico offshore (alto-mar) brasileiro.
Segundo o presidente, Mario José Ruiz-Tagle Larrain, a companhia está desenvolvendo estudos preliminares para projetos no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Ceará.
“São 3 mil MW de capacidade de desenvolvimento em cada uma das áreas. Temos muito o que trabalhar, mas claramente há uma oportunidade”, disse o executivo.
Citando a experiência da controladora Iberdrola com projetos deste tipo no exterior, o executivo afirmou que o objetivo da Neoenergia é ser um dos pioneiros deste mercado, que passa por um momento muito semelhante ao que se tinha no começo dos anos 2000, quando foi criado o Proinfa pelo governo federal para incentivar os investimentos nas fontes renováveis de energia.
“Estamos começando a trilhar esse caminho. Temos muita expectativa sobre isso no Brasil, e acreditamos que alguns projetos podem vir a ocorrer em um horizonte de cinco a 10 anos”, projetou o executivo.
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