O Banco do Brasil (BBAS3) afirmou nesta segunda-feira (5) que possui uma estrutura de governança reconhecida e que seus órgãos de auditoria desempenham suas funções com independência, em resposta à reportagem que afirma que o Ministério Público está investigando a direção da instituição.
Em comunicado divulgado ao mercado, em resposta a questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o BB afirmou não foi notificado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) “sobre o tema abrangido pela notícia mencionada”.
Rubem Novaes
A CNN Brasil publicou na quinta-feira passada que o MP está sendo investigando por “diversas irregularidades que teriam ocorrido na gestão do Banco do Brasil sob o comando de Rubem Novaes”.
A CNN afirmou que uma “ampla documentação” a que teve acesso foi entregue ao TCU na qual o banco é acusado de “interferir na sua auditoria interna, evitar apurações sobre assuntos sensíveis, não atender a recomendações dos auditores, além de interferir irregularmente em nomeações na Previ”.
Novaes apresentou carta de renúncia ao comando do BB em julho, mas só a oficializou em 21 de setembro.
BBAS3: UBS-BB
Embora a união do Banco do Brasil e do UBS na área de banco de investimento remeta à ideia de que a mira seja o crescente e cada vez mais disputado investidor pessoa física de varejo, o objetivo maior do UBS-BB, nome da joint venture oficialmente inaugurada hoje, é na verdade sofisticar o atendimento de grandes clientes corporativos, que em sua maioria estão dentro do banco público.
Com isso, a nova empresa esperar figurar nos primeiros lugares nos rankings de maior número de operações de captações feitas para empresas nos mercados de ações e de dívida, assim como de projetos de infraestrutura e transações de fusões e aquisições.
“A palavra que usamos é colaboração. É uma troca de conhecimento setorial, entre o olhar global do UBS e do corporate officer (profissionais que atendem as empresas) do BB. A ideia é ganhar toda a força e ter a melhor execução e a melhor solução e não simplesmente oferecer um produto”, explica o presidente executivo do UBS-BB, Daniel Bassan.
Nesse sentido, Bassan destaca o alcance do banco no mundo, com visões setoriais globais e também de pontenciais investidores, expertise que o UBS-BB quer agregar às propostas de transações de banco de investimento a serem oferecidas à base de 12 mil clientes corporativos do BB. Ele lembra ainda que o UBS mantém seu braço de gestão de fortunas, o UBS Consenso, onde o banco continua investindo.
Pelo acordo, os clientes vêm do BB e as operações que envolvem oferta de ações ou debêntures, por exemplo, são originadas dentro do UBS-BB e distribuídas para investidores institucionais, como assets, pelo UBS e para os de varejo, pelo BB.
O novo presidente do BB, André Brandão, complementa afirmando que a plataforma do UBS-BB pode ainda voltar-se ao segmento de médias empresas. “O segmento de middle market, emergentes no mercado, poderão acessar o mercado doméstico e posteriormente irem migrando para o internacional e para à renda variável. Avalio que ainda temos um momento importante de M&A no mercado e poderemos contribuir”, disse.
Brandão lembra que o BB tem de destacado há muito tempo no segmente de mercado de capitais e que a melhor forma para acelerar o negócio, é por meio da parceria. “Especialmente neste momento de crescimento do mercado de capitais, o melhor caminho foi encontrar um parceiro para complementar nossas atividades. E o UBS tem as características necessárias, principalmente por nos conectar a sua plataforma internacional”, acrescentou.
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