A internet das coisas (IoT) poderá movimentar mais de 151 bilhões de dólares este ano, segundo Daniel Schnaider, CEO da Pointer By PowerFleet Brasil.
Para ele, o futuro do mundo está na tecnologia e o Brasil deve se adaptar cada vez mais a essa nova realidade.
Segundo o executivo, a Internet das Coisas pode apresentar uma linha tênue entre o controle e a facilidade.
“Há quem se sinta apavorado em perceber que os algoritmos podem saber mais sobre o que cada indivíduo quer, precisa ou deveria, do que ele mesmo”, diz.
E acrescenta: “mas, também é inegável o alívio que a possibilidade de segurança e do acesso à saúde aos lugares mais remotos pode proporcionar.”
Disrupção
Então, por que a internet das coisas pode ser a grande disrupção para a democracia brasileira?
Para Schnaider, a razão está no fato de que mais dos cinco mil municípios brasileiros, apenas 32 deles dispõe de todas as especialidades médicas, por exemplo.
Também porque um a cada quatro habitantes no Brasil não tem acesso à internet e, atualmente, quase 500 serviços só para fins governamentais são realizados por aplicativos ou site.
“Nesse contexto, o acesso a internet e a IoT tornam-se fatores principais para a democratização dos serviços básicos, além de solucionarem problemas que dizem respeito a sociedade em geral”, ressalta.
Ele cita a telemedicina, que com a pandemia ganhou força e pode no futuro desafogar o sistema de saúde.
“A IoT também está na educação, com as inúmeras plataformas para o aprendizado. O meio ambiente é outro setor que tem ganhado muito, desde à redução do papel, por exemplo, ao controle de combustível de grandes frotas com o uso da telemetria”, elenca.
Para empresas
De acordo com o executivo, cada vez mais portas se abrem em seu modelo de negócios, que talvez possa ser muito mais complexo que o atendimento básico, bem como manter compliance da empresa, economizar combustível, evitar desperdício, prevenir acidentes, como exemplo no setor da logística, que movimenta cerca de 20% do PIB (dados da Aslog), “isso é investir e impulsionar o Brasil”, frisa.
E diz mais: “vivemos a revolução que a internet trouxe a nossas vidas há 2 décadas. Com isso, estamos longe do seu potencial. Apenas por meio da disponibilidade de Internet rápida para todos os municípios que vamos sentir o total poder de outra revolução a do IoT”, conclui.
Para ele, “as pessoas precisam acreditar no bem que essa disrupção pode trazer, quebrar os preconceitos e medos de sermos controlados, e realmente utilizá-la para salvar o mundo.”
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