A SLC Agrícola (SLCE3), uma das principais companhias de grãos do Brasil, pretende reduzir seus custos de produção em torno de 10% nos próximos cinco anos com a adoção de tecnologia nas fazendas, afirmou nesta terça-feira (24) o coordenador de Agricultura Digital da empresa, Ronei Sana.
Segundo ele, a SLC conseguiu reduzir em cerca de 3% a aplicação de defensivos nas lavouras com o auxílio de tecnologias que permitiram a otimização no uso dos produtos.
“Nos próximos cinco anos teremos mais eficiência e redução nos custos de produção, com ganho de produtividade. (Esse ganho) pode vir seja analisando dados históricos (que ajudam na aplicação mais exata de insumos) ou por meio da agricultura de precisão”, disse Sana durante evento online promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo.
SLCE33: ganho de eficiência
Ele ainda afirmou que este ganho de eficiência também pode diminuir o impacto ambiental da SLC.
“Uma vez que você está colocando menos insumos no solo e produzindo mais, você está reduzindo o impacto ambiental”, acrescentou.
Na safra 2020/21, a SLC deve elevar em 5,2% a área total de plantio de grãos no Brasil, impulsionada pelo cultivo de milho, que deve crescer 32,2% na segunda safra (para 108,93 mil hectares), enquanto a soja ficará praticamente estável ante o ciclo anterior com 235,04 mil hectares, além de 115,75 mil hectares cultivados com algodão.
SLCE3: John Deere
Também presente no evento, o diretor de Tecnologia e Soluções Inteligentes da John Deere para América Latina, Rodrigo Bonato, ressaltou que a pandemia do novo coronavírus pode funcionar como um gatilho para destravar investimentos em ampliação de conectividade nas fazendas.
“A pandemia nos trouxe aceleração no uso de tecnologia… Isso vai ajudar a destravar a infraestrutura nas operadoras e expandir (conexões) para as áreas agrícolas”, afirmou.
Gargalos
Segundo ele, ainda há gargalos para arcar com os custos para melhoria da infraestrutura tecnológica no meio rural.
“Quem tem dinheiro (para investir) são os grandes produtores. Quando você tem casos como no Paraná, onde diversos agricultores estão abaixo de uma só antena, é mais difícil”, exemplificou.
Apesar da dificuldade, ele disse que a tecnificação gera ganhos de produtividade e contribui na rastreabilidade dos alimentos. “Isso é tudo que a sociedade global pede”.
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