Já ouviu falar em stablecoins? Esse novo modelo de criptomoeda tem dado o que falar devido ao seu grande desempenho e crescimento exponencial. Em junho de 2020, esses ativos somavam US$ 10 bilhões. Um ano depois, alcançaram US$ 109 bilhões.
Seu sucesso vem da promessa de ser um investimento que combina toda a praticidade digital dos criptoativos e tecnologia blockchain, junto a baixa volatilidade da moeda fiduciária. Assim, sendo altamente estáveis e vinculadas a ativos de reserva.
Se interessou pelo assunto? Então, conheça essa novidade do mercado e veja suas vantagens e desvantagens, segundo Rubens Neistein, Business Manager da CoinPayments.
O que são stablecoins?
As stablecoins nada mais são do que criptomoedas, semelhantes ao Bitcoin (BTC), porém com uma principal diferença: a estabilidade. Isso porque elas nasceram justamente para acabar com a alta volatilidade, característica comum do mercado das criptoativos.
Essa estabilidade acontece devido a veiculação com ativos de reserva reais, que por sua vez possuem garantia de órgãos reguladores, como dólar, ouro, petróleo ou qualquer tipo de investimento.
A princípio, a principal ideia é que seu valor seja “algo real”, utilizado por pessoas em gastos cotidianos. Dessa forma, o objetivo é que elas alcancem uma segurança e praticidade que as demais criptomoedas.
Diferentes tipos
Existem 4 tipos diferentes de stablecoins. Os mais conhecidos são os chamados “centralizados”, que possuem um emissor e são atrelados a moedas fiduciárias, como o dólar, libra e euro. Para conseguir um desses ativos, é necessário depositar uma quantia equivalente de dinheiro nas contas dos emissores.
As stablecoins colaterizadas, por sua vez, seguem a mesma lógica. Entretanto, elas não são lastreadas em commodities como o ouro e petróleo. Isso porque seu valor vem da cotação da matéria-prima.
Além destes, as cripto-colateralizadas são ativos atrelados a outras criptomoedas e totalmente fora do sistema financeiro tradicional. O valor acompanha a cotação das moedas digitais e, portanto, são mais voláteis.
Por fim, existem as não colateralizadas, que são veiculadas a algoritmos específicos. Afinal, elas utilizam plataformas descentralizadas que podem destruir ou emitir tokens para manter a estabilidade da cotação.
O melhor dos dois mundos
Aas stablecoins surgiram a partir da idealização de uma criptomoeda perfeita, melhorando as desvantagens que existem no mercado, mas trazendo consigo as vantagens desse tipo de investimento.
Entretanto, suas características criam controvérsias no mercados, pois, apesar de serem mais estáveis, não são reguladas pelo sistema financeiro tradicional. Além disso, a estabilidade não é bem vista pelos apoiadores de criptomoedas, pois elimina a principal característica dos ativos digitais: a volatilidade e os riscos.
Mesmo assim, antes de começar a investir nesse tipo de ativo, é necessário considerar estratégias e analisar com cuidado todos os seus pontos positivos e negativos.
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