Não é novidade para ninguém que, à medida que novas tecnologias vão surgindo, como o Pix ou pagamentos pelo WhatsApp, fraudes inusitadas e criativas também aparecem para enganar a população.
Pensando nisso, a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) resolveu realizar uma pesquisa. Mais de 3 mil pessoas foram entrevistadas, sendo questionados com a pergunta: “Você tem receio de cair em fraudes?”.
Dessa forma, a pesquisa mostra que a grande maioria dos entrevistados caiu em tentativas de fraude, ou conhece alguém que tenha sido vítima de um golpe.
Essa situação, infelizmente, deixou de ser uma ocasião excepcional e acabou se tornando uma espécie de rotina para os brasileiros. As consequências desse cenário, ocasionou em pessoas aflitas e com medo do de migrar para âmbitos digitais, mesmo que essa migração acabe sendo necessária posteriormente.
Crimes na Pandemia
Com a pandemia da Covid-19, obrigatoriamente as pessoas foram obrigadas a povoar o meio digital. Com bancos fechados entre outros serviços, como o comércio em geral, muitos tiveram que aprender a movimentar seu dinheiro online.
Sendo assim, 91% dos entrevistados avaliaram que os crimes durante o isolamento social aumentaram muito (46%) ou aumentaram (45%). No entanto, somente 5% acham que diminuíram (4%) ou diminuíram muito (1%).
Vítimas de fraudes
Além disso, nos últimos 12 meses, os próprios entrevistados ou familiares já foram vítimas de fraudes. As situações mais comuns são as que envolvem o recebimento de mensagens ou ligação telefônica com solicitação fraudulenta.
As solicitações em geral são: dados pessoais ou bancários (43%), transferência de dinheiro para amigo ou parente (34%). Além dessas, cobranças fraudulentas ou compras indevidas no cartão de débito ou crédito (29%), invasão do e-mail ou redes sociais, com alguém assumindo o controle sem permissão (18%),
Assim como, clonagem de celular ou WhatsApp (18%), tentativa de abertura de crédito ou solicitação de empréstimo usando o nome da pessoa (15%) e invasão a dados bancários (14%).
Tecnologia, riscos e legislação
O papel da tecnologia na proteção de dados é polêmico. Pois, enquanto 49% acham que o avanço da tecnologia facilita a violação de dados e fraudes, 46% acreditam que os recursos da tecnologia ajudam a manter as informações pessoais mais seguras.
Devido a isso, algumas estratégias surgiram para a proteção dos usuários no território digital. Como algo novo, ainda há falhas e melhorias que podem ser feitas, mas a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) já está em vigor. Da mesma maneira, é obrigatório que todo sistema tenha uma Política de privacidade clara e informada ao consumidor.
Porém, o grau de entendimento das políticas de privacidade submetidas à concordância do público é baixo. Apenas 15% garantem compreendê-los “muito bem”, ao passo que 48% entendem “mais ou menos”, 25% “pouco” e 10% não entendem “nada”.
A importância da informação e conhecimento
Dentro deste cenário apresentado, a conclusão chega a ser óbvia. É necessário se proteger. A única forma é obtendo conhecimento sobre o funcionamento correto de qualquer serviço no âmbito digital, para poder distingui-lo de uma fraude.
Em suma, a pesquisa mostrou que muitos já adotam hábitos visando a proteção de seus dados: 57% sempre ou frequentemente costumam escolher senhas fortes; 26% escolhem às vezes e 13% raramente ou nunca. Da mesma forma, 26% geram cartão online para uso por tempo determinado; 24% recorrem a esse serviço às vezes e 44%, raramente ou nunca.
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