Os títulos públicos e corporativos indexados à inflação tiveram as maiores rentabilidades de maio, segundo os índices da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O IMA-B, que reflete a carteira das NTN-Bs em mercado, subiu 1,06%. Ainda assim, manteve perda de rendimento no resultado acumulado de 2021, reduzida agora para -1,14%. O IDA-IPCA, que acompanha a trajetória das debêntures indexadas ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve variação positiva de 0,92% e ampliou sua rentabilidade anual para 2,06%.
“A valorização dos papéis mais longos e indexados ao IPCA reflete a busca dos investidores por proteção em um cenário de inflação mais alta no período. Por outro lado, mesmo em uma conjuntura que se mantém incerta por conta da pandemia de Covid-19, houve redução da percepção de risco do mercado, diante do resultado das contas públicas e da melhora do nível de atividade, confirmada pelo resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, o que impulsionou a valorização dos ativos”, avalia Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da ANBIMA.
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Títulos públicos: expectativas de médio e longo prazo
Entre os papéis do Tesouro Nacional, o destaque do mês foi o IMA-B5+, com 1,38% de variação positiva. A carteira do índice reflete as NTN-Bs com vencimentos acima de cinco anos, por isso está exposta ao maior risco de mercado. A valorização ocorrida em maio contribuiu para reduzir a perda acumulada no ano para -3,35%.
Em seguida, ficou o IMA-B5, que reflete a percepção de risco de médio prazo (títulos públicos indexados ao IPCA com prazo de até cinco anos). O índice teve 0,69% de ganho mensal, acumulando a maior performance do ano: 1,42%.
Já o IRFM1+, carteira dos títulos prefixados, que espelha a percepção dos investidores para o médio e longo prazo (vencimentos acima de um ano), valorizou com menor intensidade em maio (0,20%), com recuo de 3,51% em 2021. Nas carteiras de curto prazo, o IRF-M1 (papéis prefixados até um ano) e o IMA-S (carteira das LFTs em mercado) exibiram rendimentos de 0,20% e 0,35% no mês, acumulando 0,60% e 0,87% no ano, nesta ordem.
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Dívida corporativa: destaque para infraestrutura
No lado dos títulos corporativos, o subíndice IDA-IPCA infraestrutura, (que reflete as debêntures de infraestrutura em mercado), registrou desempenho mensal de 0,92%, atingindo rentabilidade de 1,90% no ano.
O IDA-IPCA ex-infraestrutura (que não considera as debêntures com benefícios fiscais) encerrou o mês com 0,86%, ampliando sua performance em 2021 para 3,26%. O IDA-DI (carteira de debêntures indexadas ao DI diário) apresentou 0,44% de rendimento em maio e aumentou sua variação no ano para 2,54%.
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