Pandemia acelerou digitalização dos bancos na América Latina, mostra pesquisa

Segundo pesquisa realizada pela The Economist Intelligence em parceria com a Mambu, líder mundial em soluções de core bancário na nuvem, a pandemia de covid-19 foi um dos fatores para o avanço da digitalização nos bancos da América Latina. De acordo com 84% dos executivos ouvidos, a pandemia forçou o setor a repensar como dirigir seus negócios.

Ainda segundo o estudo, 98% dos executivos de bancos da região afirmam que suas organizações têm uma estratégia digital e 50% categorizam a implementação desta estratégia como avançada. A pesquisa foi realizada com o objetivo de explorar a jornada dos bancos em direção à digitalização e entender como a pandemia da covid-19 influenciou nesse processo.

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Bancos

Entre executivos de grandes bancos (com ativos de US$ 1 bilhão ou mais), 40,3% responderam que sua estratégia digital está muito avançada. Já os respondentes de bancos menores e cooperativas de crédito (com ativos abaixo de US$ 1 bilhão) caracterizaram sua transformação como em “bom progresso”.

A avaliação dos executivos é otimista sobre os compromissos das organizações para digitalizar suas operações – 40% deles acredita que verá uma aceleração na sua estratégia de transformação digital como um resultado da pandemia, provavelmente causado por mudanças nos clientes, comportamentos e novas demandas.

E que, inclusive, já é possível identificar algumas mudanças geradas pela crise sanitária, como a grande aceitação de pagamentos digitais, principalmente como resultado da maior adoção do e-commerce.

Eles apontam, contudo, barreiras que incluem riscos de migração de dados para novas infraestruturas de TI, que não são facilmente implementadas no meio de uma crise, e a falta de alinhamento entre as organizações.

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Segurança

No que se refere à segurança de dados, o mercado financeiro é um dos grandes alvos dos ataques cibernéticos e o tema tem sido uma preocupação persistente para instituições da área. Em resposta a essas ameaças, quase 85% dos bancos aumentaram seus investimentos em segurança cibernética nos últimos três anos. Para os executivos entrevistados, melhorar a segurança de dados é o principal incentivo para a digitalização no setor.

Fintechs

A relação entre bancos tradicionais e as fintechs também mudou e já é vista como um complemento. De acordo com 87% dos respondentes, as fintechs estão forçando os bancos a repensarem como os serviços financeiros são fornecidos e alavancar infraestruturas digitais para melhorar a eficiência operacional.

Enquanto 52,9% dos executivos ouvidos veem os fornecedores de carteiras digitais como parceiros, apenas 22,5% os veem como concorrentes. Empresas de pagamento como Apple Pay e Paypal também aparecem como parceiras, de acordo com 45,1% dos entrevistados, por serem os responsáveis em aumentar os pontos de venda e fortalecer o ecossistema de pagamentos digitais.

Por fim, 39,2% dos entrevistados veem empresas não financeiras, como varejistas e empresas de telecomunicações, como parceiras, já que atuam principalmente como agentes bancários.

A pesquisa ouviu executivos bancários na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru no começo do ano.

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