Os cães contam com um super olfato, superior 40 vezes ao do homem e por isso ele se tornou útil para localizar presas, brinquedos, drogas, e agora, até mesmo bitcoins. Entenda como alguns países já conseguem usar o melhor amigo do homem para achar criptomoedas.
Como os cachorros farejam USBs e dispositivos techs?
O melhor amigo do homem já era utilizado pelas forças policiais desde a Idade Média, usado principalmente para correr atrás dos ladrões nos vilarejos do século XIV.
No mundo moderno, os cachorros ajudam a polícia a encontrar drogas e todo tipo de substância ilícita que contenha algum cheiro. Com o advento dos computadores e miniaturização dos dispositivos eletrônicos, os departamentos de polícia dos EUA tiveram a brilhante ideia de treinar o melhor amigo do homem para encontrar esses dispositivos.
Mas como eles conseguem achar dispositivos metálicos ou de plástico?
Bom, todo dispositivo eletrônico conta com alguma substância que dá o cheiro para os cachorros. Uma dessas substâncias é o óxido de triphenylphosphine, presente em dispositivos eletrônicos com memórias. Há outras substâncias presentes em DVDs, CDs e disquetes que também são rastreáveis.
O alcance dos seus focinhos chega no Bitcoin
Como mencionamos, os doguinhos foram treinados para detectar dispositivos como drives USB, telefones celulares, cartões SD, computadores e outros eletrônicos tornando-os úteis para investigações contra a pornografia infantil, tráfico de drogas, terrorismo e outros crimes cibernéticos. Esse tipo de treinamento começou em 2015 e já está dando resultados.
Apesar de ser mais difícil de encontrar, do que drogas e outras substâncias mais comuns, os dispositivos eletrônicos não conseguem se esconder do olfato de um cão bem treinado. Principalmente se ele estiver cheio de satoshis, pois a recompensa é muito mais valiosa. Imagine quanta ração não daria para comprar com 1 BTC!
Inicialmente, os cães estão sendo usados para achar provas de crimes conhecidos. Foi um cão chamado Bear, por exemplo, que encontrou um pen drive usado para condenar o antigo porta-voz do Subway, Jared Fogle, que foi condenado a mais de 15 anos em prisão federal por pornografia infantil e conduta sexual envolvendo menores.
Outro exemplo envolve um vizinho nosso, a Argentina. Em 2011, cem cães especialmente treinados foram enviados a vários postos avançados de passagem de fronteira em todo o país para farejar dólares escondidos em bagagens, carros ou colados ao corpo.
A medida colocada em prática pelo governo da presidente Cristina Fernández foi descrita como mais um esforço para impedir uma fuga maciça de moeda do país.
O controle cambial na Argentina é uma política monetária comum. Sempre que a economia vai mal, apela-se ao protecionismo hermano. Dada sua história de hiperinflação e crises financeiras, os argentinos são extraordinariamente rápidos em trocar seus pesos por dólares quando a turbulência surge, muitas vezes levando a uma profecia que se auto-realiza.
Em 2020, os argentinos despejaram valores recordes de pesos por bitcoin, já que o governo estava prestes a dar mais um calote na sua dívida e a moeda vinha sofrendo com a inflação. Vale lembrar que as hardware wallets, carteiras físicas de bitcoin, contam com as mesmas substâncias que permitem a localização de USBs e outros dispositivos eletrônicos.
O volume aumentou 1.028% em pesos argentinos, 407% em BTC e 139% em USD desde o início de 2018, apresentando um crescimento substancial também em termos reais, de acordo com a Arcane Research.
Esconda bem a sua carteira de bitcoin?
Agora vamos dar uma dica valiosa aos hermanos bitcoiners que não pretendem ser pegos por cães farejadores de carteiras de bitcoin. Memorizem bem suas chaves privadas! Temos que lembrar que muitas pessoas em regimes autoritários conseguiram fugir com alguma riqueza graças ao bitcoin.
Para você que não quer ser pego pelo focinho do governo as alternativas são essas: guardá-las no melhor cartão de memória já inventado, o seu cérebro, ou usar outro esquema para criptografar sua chave privada.
Se você partiu para o último caso, então temos algumas opções:
Usar o recurso de segunda senha da Ledger (carteira física de bitcoin) permite que você revele uma carteira falsa de criptomoedas e esconda a sua para sempre.
Esconder dentro de uma imagem sua chave privada. Você consegue fazer isso usando o método chamado de esteganografia, inclusive algumas carteiras em beta suportam essa ideia como a Pixel Wallet (Beta) para Android.
Para testar suas habilidades com esteganografia colocamos a foto de um gato com uma carteira contendo uma pequena fração de Monero. Veja se você consegue achá-la:
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